Guerra

Rússia e Ucrânia trocam centenas de prisioneiros de guerra após mediação dos Emirados Árabes Unidos

Iniciativa contemplou 248 militares russos e 230 ucranianos; foi a primeira troca desde agosto

Funcionários públicos consertam canos de água do lado de fora de prédio destruído após ataque de mísseis russos no centro de Kiev, na Ucrânia - Anatolii Stepanov/AFP

Rússia e Ucrânia anunciaram, nesta quarta-feira, uma troca de centenas de prisioneiros de guerra, algo que não acontecia havia meses — a última havia sido em agosto, de acordo com a imprensa ucraniana. Segundo Kiev e Moscou, o acordo foi alcançado após mediação dos Emirados Árabes Unidos, parceiro importante do governo russo em várias questões humanitárias, econômicas e energéticas.

“Ao fim de um processo complexo de negociação, 248 militares russos foram repatriados do território controlado pelo regime de Kiev”, indicou o ministério russo da Defesa em um comunicado divulgado no Telegram.

Por meses, o governo ucraniano acusou Moscou de minar as negociações para a troca de prisioneiros.

“Mais de 200 de nossos soldados e civis retornaram do cativeiro russo”, comemorou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Telegram, junto a um vídeo de homens uniformizados em plena celebração.

Segundo o comissário ucraniano para os direitos humanos, Dmytro Lubinets, 230 soldados ucranianos foram recuperados na troca, a 49ª desde o início da ofensiva russa na Ucrânia em fevereiro de 2022.

No total, “2.828 defensores [ucranianos] voltaram para suas casas” desde o início do conflito, há quase dois anos, afirmou Lubinets.