"Não há denúncia contra o padre Júlio Lancellotti", diz secretário de Desenvolvimento Social de SP
Carlos Bezerra Jr., que trabalha na gestão Ricardo Nunes (MDB), afirma que vereadores foram 'ludibriados' pela proposta do vereador Rubinho Nunes (União)
O secretário de Assistência e Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo, Carlos Bezerra Jr., publicou um vídeo em suas redes sociais nessa quinta-feira (4) em defesa do padre Júlio Lancellotti, cuja atuação está na mira de um proposta de CPI na Câmara Municipal paulistana. Bezerra elogiou o trabalho do religioso no centro da capital e ressaltou que não há denúncias contra ele.
— Uma CPI que tivesse por objetivo convocar o padre Júlio não teria a minha assinatura. E por dois motivos muito simples: o padre não recebe nenhum recurso público para fazer o que ele faz há anos. E não há absolutamente nenhuma denúncia contra ele que justifique qualquer CPI ou oitiva — afirmou o secretário da gestão Ricardo Nunes (MDB), que é vereador licenciado do PSDB.
Bezerra Jr. ainda questionou a possibilidade de a Comissão Parlamentar de Inquérito avançar na Casa Legislativa e lembrou que diversos vereadores já retiraram o apoio à proposta. Entre eles, Sidney Cruz (Solidariedade), Thammy Miranda (PL), Xexéu Tripoli (PSDB) e Sandra Tadeu (União).
— O documento recebeu assinatura de vários vereadores no início do mês de dezembro, mas essa CPI não foi instaurada, ela está na fila com 45 outros pedidos e eu duvido que seja (instaurada), porque muitos dos que assinaram a proposta, inclusive alguns pares meus do PSDB, estão neste momento se dizendo ludibriados e retirando suas assinaturas porque não sabiam desse tipo de proposta.
O secretário de Nunes terminou o vídeo elogiando a atuação de Júlio Lancellotti no centro:
— Eu queria aqui reforçar minha profunda admiração e respeito pela pessoa do padre Júlio, pela trajetória dele. A gente sempre atuou junto, acreditando nos mesmos propósitos, trabalhando em favor das pessoas que vivem em situações mais precarizadas, em situação de rua, e quero manifestar minha solidariedade a ele — acrescentou o tucano.