Petróleo sobe pela menor oferta líbia e crise no Oriente Médio
Este mês, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados implementaram novos cortes na produção
O petróleo subiu nesta sexta-feira (5) devido à redução da oferta líbia e ao receio de que o conflito entre o Hamas e Israel se estenda a outros países.
O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em março ganhou 1,50% e fechou a 78,76 dólares. Por sua vez, o americano West Texas Intermediate (WTI) subiu 2,24%, para 73,81 dólares.
"As preocupações com a demanda", após a desaceleração da economia mundial, "não diminuíram, mas por enquanto são os riscos de oferta que estão impulsionando os preços", disse Barbara Lambrecht, do Commerzbank, em nota.
Na Líbia, um protesto contra os altos preços dos combustíveis fechou o maior campo petrolífero do país, privando o mercado de cerca de 270 mil barris diários, segundo o Commerzbank.
"Não podemos nos permitir perder barris, dado o que os sauditas e a Opep+ estão fazendo", enfatizou John Kilduff, da Again Capital.
Este mês, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados implementaram novos cortes na produção de 900.000 barris diários, que se estenderão pelo menos até março.
Esses cortes se somam aos já anunciados em outubro de 2022, abril e junho de 2023, totalizando quase 5 milhões de barris diários.
Além disso, há "um prêmio de risco significativo devido às tensões no Oriente Médio", que aumentam com a eliminação do número dois do Hamas no Líbano, atribuída a Israel, e dois ataques no Irã reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, argumentou o Commerzbank.