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Após jornada de quatro meses, sonda solar indiana alcança com sucesso a órbita do Sol

A sonda Aditya-L1, lançada em setembro, transporta uma série de instrumentos para medir e observar as camadas mais externas do Sol

Lançamento da sonda indiana Aditya-L1 - AFP Photo /HANDOUT/Indian Space Research Organisation (ISRO)

A sonda indiana de observação solar Aditya-L1 alcançou a órbita do Sol neste sábado (6), após uma jornada de quatro meses, e se tornou o mais recente sucesso do ambicioso programa espacial do país mais populoso do mundo em direção ao centro do sistema solar.

A sonda Aditya-L1, lançada em setembro, transporta uma série de instrumentos para medir e observar as camadas mais externas do Sol.

O ministro indiano de Ciência e Tecnologia, Jitendra Singh, declarou nas redes sociais que a sonda atingiu sua órbita final "para desvendar os mistérios da conexão Sol-Terra".

Na década de 1960, os Estados Unidos e a Agência Espacial Europeia (ESA) enviaram várias sondas ao centro do sistema solar com o programa Pioneer, da Nasa.

O Japão e China lançaram suas próprias missões de observação solar, mas a partir da órbita terrestre.

Aditya-L1 é a primeira missão de um país asiático a entrar em órbita ao redor do Sol.

O primeiro-ministro Narendra Modi elogiou o evento, apontando como um novo "marco" no programa espacial da Índia.

"Isso é um testemunho da dedicação incansável de nossos cientistas", disse nas redes sociais, "continuaremos explorando novas fronteiras científicas para o benefício da humanidade".

Aditya, que significa Sol em hindi, percorreu 1,5 milhão de quilômetros da Terra - apenas 1% da distância entre nosso planeta e a estrela do Sistema Solar.

Agora está em um ponto onde as forças gravitacionais dos dois corpos celestes se cancelam, permitindo que permaneça em uma órbita estável ao redor do Sol.

O orbitador, que custou US$ 48 milhões, segundo algumas fontes, estudará as ejeções de massa coronal, um fenômeno periódico que resulta em enormes descargas de plasma e energia magnética provenientes da atmosfera do Sol.

Essas ejeções são tão poderosas que podem atingir a Terra e perturbar o funcionamento dos satélites.

A missão também quer investigar outros fenômenos solares, por meio de imagens e medindo partículas na atmosfera superior do Sol.