INTERNACIONAL

Blinken inicia em Turquia e Grécia sua viagem pelo Oriente Médio

O diplomata também viajará para Jordânia, Israel, Cisjordânia ocupada e outros países da região para evitar uma escalada regional do conflito entre Israel e o Hamas

Blinken embarca, na quinta-feira, para turnê no Oriente Médio - Evelyn Hockstein/AFP

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, reuniu-se neste sábado (6) em Creta (Grécia) com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, poucas horas depois de se reunir com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Istambul.

Blinken reuniu-se com Mitsotakis na residência privada do chefe de Governo grego na ilha de Creta, onde discutiram a guerra de Gaza e "a modernização das forças armadas gregas", segundo o chefe da diplomacia grega, Giorgos Gerapetritis.

Poucas horas antes, Blinken havia falado na Turquia com Erdogan, em um encontro que durou mais de 75 minutos, segundo fontes diplomáticas americanas, e que ocorreu após um encontro com o seu homólogo turco, Hakan Fidan.

Uma fonte diplomática afirmou que este último defendeu "um cessar-fogo imediato" no território palestino.

O Departamento de Estado dos EUA indicou em um comunicado que Blinken e Erdogan discutiram a situação em Gaza e a adesão da Suécia à Otan.

O diplomata sublinhou "a necessidade de evitar que o conflito se alastre, de aumentar a ajuda humanitária, de reduzir as vítimas civis, de trabalhar para uma paz regional duradoura e de avançar para a criação de um Estado palestino".

Blinken, que iniciou a sua nova viagem pelo Oriente Médio na Turquia e na Grécia, também viajará para Jordânia, Israel, Cisjordânia ocupada e outros países da região para evitar uma escalada regional do conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas.

A guerra foi desencadeada pelo sangrento ataque de 7 de outubro perpetrado por combatentes do Hamas, que mataram 1.140 pessoas em Israel e sequestraram outras 250, das quais 132 permanecem cativas em Gaza, segundo as autoridades.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva devastadora em Gaza que deixa 22.722 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

De acordo com o comunicado americano, Antony Blinken também pediu a "finalização (do processo) de adesão da Suécia à Otan", que ainda precisa do acordo da Turquia e da Hungria.

Em dezembro, a Comissão de Relações Exteriores do Parlamento turco aprovou o protocolo de adesão deste país à aliança militar, mas este deve ser aprovado pela maioria dos deputados para encerrar uma saga de quase 20 meses.

A Turquia censura a Suécia pela sua suposta permissividade com os ativistas curdos que se refugiam no seu território e usa o seu poder de veto para negociar também a aquisição de 40 caças F-16 americanos e equipamento de modernização para as suas aeronaves.