BBB 24: Wanessa Camargo enfrentará o programa com dieta vegana; saiba o que a cantora pode comer
Artista não se alimenta de nenhum alimento derivado de animais, o que engloba: carnes, peixes, frangos, leites, queijos, ovos e mel
A cantora Wanessa Camargo entrou no Big Brother Brasil e, como sua assessoria disse em entrevista ao Globo, ela “está preparada para enfrentar mais esse desafio”, incluindo o fato de ser vegana, ou seja, ela não se alimenta de nenhum alimento derivado de animais, o que engloba: carnes, peixes, frangos, leites, queijos, ovos e mel.
Além disso, ela não só abrange a alimentação, como coloca o veganismo como um estilo de vida, não usando roupas que tenham origem animal, como couro e produtos que foram feitos ou testados com animais.
A redução ou eliminação do consumo de produtos animais têm sido apontadas em estudos como um caminho para garantir a sobrevivência do planeta, reduzir o sofrimento dos animais e melhorar a própria saúde.
O movimento só cresce com o passar dos anos e este não será o primeiro Big Brother Brasil que receberá uma participante vegana. Na edição do ano passado, a atriz Bruna Griphao, também cuidava bastante da alimentação e se dizia vegana. No BBB 22, a “sister” Maria não chegava a ser vegana (com restrição total a produtos de origem animal), mas era vegetariana, ou seja, não comia carne. Yasmin Brunet, colega de confinamento da cantora Wanessa, também é adepta do vegetarianismo e tem uma marca de produtos de beleza que não realiza testes em animais.
Janeiro Vegano
Há diversos tipos de estudos que mostram que a dieta vegana e vegetariana fazem bem à saúde. Há cerca de 10 anos, o mês de janeiro para muitas pessoas é sinônimo de retirar os alimentos de origem animal do cardápio e seguir uma dieta vegana. No ano passado, por exemplo, a organização inglesa "Veganuary", criadora do movimento conhecido como “Janeiro vegano” no Brasil, recebeu inscrições de mais de 700 mil pessoas.
Pesquisadores da Escola de Biociências da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, conduziram um estudo com um grupo de 159 participantes, de 18 a 60 anos, recrutados em dois períodos: no final de 2019 e de 2020. Os cientistas compararam aqueles que se inscreveram no “Janeiro vegano” com os demais, que mantiveram o mesmo padrão alimentar. Os resultados do trabalho foram publicados na revista científica Nutrients e mostraram os efeitos positivos, e alguns negativos, da mudança.
De forma mais proeminente, a dieta vegana levou os voluntários a registrarem uma redução significativa no colesterol, estimada em 10 vezes, e uma diminuição da gordura saturada – ambos fatores ligados a menores riscos de doenças cardiovasculares. Por outro lado, porém, foi observada uma queda acentuada nos níveis de vitamina B12, composto presente majoritariamente nos itens de origem animal, e iodo entre aqueles que não tomavam suplementos dietéticos.
Outro estudo publicado na revista científica European Heart Journal, aponta que as dietas veganas e vegetarianas estão associadas a uma redução “significativa” do colesterol no sangue, e que o benefício no organismo é semelhante ao das estatinas – medicamentos utilizados para diminuir o colesterol.
“Descobrimos que as dietas vegetarianas e veganas estavam associadas a uma redução de 14% em todas as lipoproteínas que obstruem as artérias. Isso corresponde a um terço do efeito de tomar medicamentos para baixar o colesterol, como as estatinas, e resultaria em uma redução de 7% no risco de doença cardiovascular em alguém que manteve uma dieta baseada em vegetais por cinco anos”, afirma Ruth Frikke-Schmidt, médica-chefe do hospital Rigshospitalet em Copenhague, na Dinamarca, que conduziu o estudo, em comunicado.
Embora o potencial seja menor, ela destaca que os achados significam que combinar as duas estratégias pode ser uma boa ideia para aqueles que sofrem com altos níveis de colesterol. “Um regime não exclui o outro, e a combinação de estatinas com dietas à base de plantas provavelmente terá um efeito sinérgico, resultando em um efeito benéfico ainda maior”, diz.
Diante das evidências, Ruth defende que migrar para uma alimentação que exclui a carne animal pode ser uma boa estratégia para evitar doenças à medida em que a população envelhece.
Confira as principais diferenças entre os grupos de pessoas que não comem carne: