ELEIÇÕES

Marta passa borracha nos ataques ao PT e volta à legenda. Entenda as negociações

Convencida pelo presidente Lula a deixar uma pasta na gestão do prefeito de São Paulo, Marta já aceitou, inclusive, ser candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos.

Marta é nome forte em São Paulo - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O mundo dá voltas, principalmente na política. Depois de deixar o PT, partido pelo qual militou por muito tempo e sai atirando, com declarações de que não tinha como conviver com os escândalos de corrupção na legenda, a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy está de volta ao ninho petista.

Convencida pelo presidente Lula a deixar uma pasta na gestão do prefeito de São Paulo, Marta já aceitou, inclusive, ser candidata a vice na chapa do pré-candidato do Psol à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos. Atualmente, ela integra a gestão de Ricardo Nunes (MDB), que disputará a reeleição. Ele e Boulos são os principais cotados para vencer o pleito.

Os movimentos da secretária desagradaram o prefeito, que deve pedir sua demissão. Oficializada sua saída, Marta deverá participar de um ato com a militância petista nos próximos dias para selar sua volta para o PT. A cúpula do MDB minimizou a provável ida de Marta para a chapa que disputará contra Nunes. A avaliação é de que o PT paulista pode rachar diante da entrada de alguém que estava fora do partido na principal disputa eleitoral do País.

Além disso, a crença é que a presença de Marta minimizaria os possíveis ataques contra Nunes. Nove anos após a desfiliação do PT, Marta Suplicy passará por algumas saias-justas na volta ao partido. A principal delas talvez seja quando for lembrado o que já disse sobre o hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Marta passou os últimos anos engrossando o coro daqueles que consideravam Haddad o “pior prefeito” da história de São Paulo. Marta, inclusive, negou-se a votar em Haddad, na eleição presidencial de 2018, por avaliar que o petista fez uma “péssima” administração na cidade.