Inglaterra

Museus britânicos relatam desaparecimento de 1.700 itens, como retrato da Eizabeth II e pinturas

Alguns dos sumiços, ainda sem explicação, datam de mais de 20 anos, de acordo com galerias e instituições

Fachada do Museu Britânico - Daniel Leal-Olivas/AFP

Mais de 1.700 desapareceram de suas respectivas coleções em museus na Inglaterra. De acordo com o jornal britânico The Guardian, objetos como um desenho da Rainha Vitória de 1869, pinturas, esculturas, um sistema de navegação de aeronaves, uma fotografia da Rainha Elizabeth II no casamento com o príncipe Philip, Duque de Edimburgo, foram registrados como “não encontrados” pelo governo local. Há museus, ainda, que relataram o sumiço de bigodes falsos, cuecas e meias.

A revelação acontece após a realização de vários pedidos de informações feitos junto a museus e galerias que recebem financiamento público do Departamento de Cultura, Mídia e Esportes, do governo britânico. O desaparecimento de alguns itens data de mais de 20 anos.

Meses atrás, o Museu Britânico, um dos maiores e mais visitados do Reino Unido, havia anunciado que mais de 2 mil itens da coleção permanente tinham sido roubados ou estavam perdidos. Parte desse número incluía também objetos danificados.

A National Portrait Gallery, localizada no centro de Londres, por exemplo, diz não ter localizado 45 itens nos catálogos próprios. A instituição, entretanto, afirma, que os objetos não estavam perdidos ou roubados. A galeria, entretanto, ainda não concluiu a varredura que vem fazendo em busca dos artefatos após ter realizado uma reforma interna por cerca de três anos.

Os objetos registrados como “não encontrados” representam aproximadamente 0,02% do catálogo permanente desta instituição, que tem quase 13 mil retratos e 164 mil imagens na coleção.

Ainda segundo o Guardian, o Museu Victoria and Albert afirmou que, de sua coleção própria, desapareceram 180 objetos como, por exemplo: uma marionete de sombras, bigodes falsos, cuecas, meias e uma ratoeira, além de pinturas a óleo e aquarelas.

Um porta-voz da instituição afirma que o museu leva "muito a sério a proteção das coleções nacionais e revisa regularmente os procedimentos de segurança e gerenciamento de coleções", de acordo com o jornal britânico.