Príncipe Harry será nomeado "lenda viva da aviação", como Neil Amstrong, Buzz Aldrin e Tom Cruise
Cerimônia será apresentada por John Travolta
Aos 39 anos, o príncipe Harry será uma das quatro pessoas que se tornarão uma "lenda viva da aviação" em 2024. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (10) pela organização responsável pela gala anual em que esta distinção é atribuída.
O evento, que celebrará sua 21ª edição em Beverly Hills, Los Angeles, no dia 19 de janeiro, será apresentado pelo ator John Travolta, que ficou marcado por dançar com a princesa Diana em um jantar de estado na Casa Branca, em 1985.
A cerimônia que se aproxima visa homenagear “aqueles que fizeram contribuições significativas para a aviação e a indústria aeroespacial”, segundo o site Living Legends of Aviation Awards. Mesmo assim, ainda não está confirmado se Harry comparecerá ou não à cerimônia.
“Veterano e piloto do Exército Britânico com 10 anos de serviço militar, ele voou em missões de treinamento nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Austrália, bem como em missões de combate no Afeganistão, salvando a vida de forças aliadas e de inúmeros civis., e criador dos Jogos Invictus para militares feridos e veteranos de todo o mundo”, descreve a organização ao falar do duque de Sussex, defendendo assim a distinção.
Os outros três homenageados deste ano serão Fres George, “um piloto da Marinha dos EUA com mais de 300 pousos e agora um escritor de aviação de renome mundial”; Marc Parent, presidente e CEO da CAE (Canadian Aviation Electronics), empresa que inclui “serviços de treinamento e suporte para aviação comercial e executiva”; e Steve Hinton, um aviador americano que “deteve um recorde mundial de velocidade entre 1979 e 1989” e que trabalhou como piloto de cinema em 100 filmes e produções televisivas.
No entanto, a escolha do príncipe Harry como Lenda Viva da Aviação, à frente de pessoas como Charles Duke, que foi a pessoa mais jovem a pisar na Lua em 1972, aos 36 anos, foi considerada por muitos uma decisão desproporcional. “Espero que todos os outros pilotos militares do mundo recebam o mesmo prêmio com base em suas conquistas nessa área”, reclamou um usuário do Twitter após ouvir a notícia. "Isso é uma piada? Quais são as coisas lendárias que ele fez? Eu realmente pergunto isso! O que diabos ele fez?”, questionou outro.
O evento foi criado em 2003 e novas lendas vivas da lista substituem membros anteriores já falecidos, como o astronauta Neil Armstrong, o primeiro ser humano a pisar na superfície lunar. Assim, o duque de Sussex se juntará a outras figuras como Buzz Aldrin, também astronauta da missão Apollo 11; os magnatas Jeff Bezos e Elon Musk; os atores Tom Cruise, Harrison Ford e Morgan Freeman; ou o príncipe saudita Sultan bin Salman, que voou a bordo do ônibus espacial Discovery na missão STS-51-G como astronauta especialista em carga.
A organização do evento defendeu em comunicado que Harry “dedicou a sua vida à promoção de causas pelas quais é apaixonado e que provocam mudanças permanentes nas pessoas e nos lugares”. Além disso, embora não tenha muito a ver com aviação, destaca os seus esforços como “humanitário, defensor do bem-estar mental e ambientalista”, mencionando o seu trabalho com diversas instituições de caridade, incluindo Travalyst, African Parks, WellChild e Archewell Foundation, fundada por ele e sua esposa Meghan Markle. E também elogia a “compaixão, vulnerabilidade e honestidade inabalável” que o duque demonstrou através das suas memórias ("O que sobra"), publicadas em janeiro do ano passado.
O príncipe Harry, filho mais novo do rei Charles III, serviu no exército britânico durante uma década, durante a qual ascendeu ao posto de capitão. Durante a segunda viagem ao Afeganistão, ele passou quatro meses como piloto de helicóptero militar Apache, de setembro de 2012 a janeiro de 2013, e reconheceu ter matado talibãs como parte das suas obrigações militares. “Atiramos quando é preciso, quando se trata de salvar uma vida, mas na realidade somos mais uma força dissuasora do que qualquer outra coisa”, disse então. No início de 2023, 10 anos depois, ele reconheceu numa entrevista à CBS que a sua carreira militar o “salvou” após a trágica morte da sua mãe, a princesa Diana, ao ajudá-lo a “transformar a sua dor em propósito”. Disse que esta posição era a sua verdadeira “vocação” e que o ajudou a sair “dos holofotes da imprensa do Reino Unido”, da qual agora não se separa.