Milhares de manifestantes vão às ruas em Washington e Londres por ''cessar-fogo'' em Gaza
Ato acontece em solidariedade ao 99º dia da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza
Milhares de manifestantes marcharam neste sábado (13) em Washington, Londres e outros lugares como parte do Dia de Ação Mundial para exigir um cessar-fogo imediato nos combates em Gaza e se opor ao apoio dos Estados Unidos e do Reino Unido a Israel.
Em Washington, grandes multidões acenavam bandeiras palestinas enquanto os manifestantes, em sua maioria jovens e muitos usando a tradicional kufiya, se reuniam em uma mostra de solidariedade no 99º dia da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
"Cessar-fogo agora", gritava a multidão, carregando faixas e cartazes com mensagens como "Palestina livre" e "Ponham fim à guerra contra Gaza".
Enquanto isso, Londres testemunhou sua sétima manifestação pró-palestina desde 7 de outubro, quando militantes do Hamas invadiram o sul de Israel e mataram cerca de 1.140 pessoas, em sua maioria civis, de acordo com dados israelenses.
Israel prometeu destruir o Hamas e lançou incessantes bombardeios sobre Gaza, causando a morte de pelo menos 23.843 pessoas, na maioria mulheres e menores de idade, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do território, governado pelo movimento islamista.
"Queremos mostrar ao povo da Palestina que estamos com eles e também levantar a voz contra o nosso governo", disse Maleeha Ahmed, de 27 anos, trabalhadora dos serviços de saúde, que participou da marcha em Londres com sua família. "Eles estão desempenhando um papel muito, muito importante ao permitir que Israel continue fazendo o que está fazendo, e isso é inaceitável", afirmou.
As marchas deste sábado tiveram especial importância devido aos ataques aéreos dos Estados Unidos e do Reino Unido nesta semana no Iêmen contra bases huthis, após os militantes apoiados pelo Irã atacarem navios no Mar Vermelho em solidariedade com Gaza.
O dia de ação, convocado por uma coalizão britânica, contou com protestos em 30 países.
Kate Hudson, da Campanha para o Desarmamento Nuclear, que faz parte da coalizão, declarou que o ato era "para exigir um cessar-fogo permanente e um acordo político duradouro para todos os palestinos".