Basquete

Basquete: modalidade 1x1 enriquece ainda mais cenário da bola laranja; confira

Modalidade vem surgindo como mais uma possibilidade para os que vivem do basquete

Disputa do circuito 'Rei da Quadra', no Shopping RioMar, no Recife - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

No último domingo (14), foi decidido, em um shopping da Zona Sul do Recife, o circuito nacional "Rei da Quadra", competição de basquete 1x1. A modalidade é uma das que mais crescem no mundo, sendo mais uma alternativa aos atletas da bola laranja. No Brasil, o basquete de rua vive um crescimento recente, parte disso se dá desde que as casas de aposta passaram a investir.

O basquete é um esporte rico em opções e pode ser disputado das mais diferentes maneiras. Surgido no final do século 19, hoje tem duas modalidades presentes nas Olimpíadas. O tradicional, com cinco jogadores de cada lado vem nos programas olímpicos desde Berlim 1936, enquanto o formato 3x3 estreou em Tóquio 2021.

Já essa versão individual vem ganhando popularidade mais recentemente. Igual ao basquete 3x3, a partida é praticada em meia quadra, utilizando apenas uma tabela. O jogo segue uma dinâmica bem ativa, as partidas são de apenas cinco minutos ou quem chegar primeiro aos 11 pontos. Cada bola convertida dentro do garrafão vale um e de fora do perímetro vale dois.   

“O X1 é totalmente diferente do 3x3 ou do basquete tradicional com cinco jogadores, porque é uma modalidade nova e muitas pessoas estão começando a jogar agora. Temos que entender que essa modalidade não tem as mesmas malícias dos outros estilos de basquete. As faltas tem que ser mais duras para serem marcadas. É um jogo com muito mais contato e você não tem a quem culpar, é você contra o adversário”, destacou Sueudo Bala, atleta pernambucano da modalidade. 

Premiação e reconhecimento geram alternativas 
O cenário dos esportes olímpicos pode ser muito incerto para atletas. Diariamente, os jogadores lutam para alcançar condições de coneguir viver exclusivamente das atividades esportivas. Lucas Grafite, atleta com experiência nas mais diferentes vertentes do basquete falou sobre como a nova modalidade fortalece o cenário. “Já fui jogador do basquete tradicional, já joguei no Franca e no Palmeiras, mas consegui me consagrar no 3x3 jogando no São Paulo DC, onde tive oportunidade de ser campeão Pan-Americano e Mundial Universitário e joguei World Tour", começou. 

“O principal ponto positivo desse campeonato está sendo abranger o basquete no Brasil. Estive conversando com um atleta daqui do Recife, que já tinha me visto jogar, mas eu não o conhecia. Em todas as cidades que vamos, sempre tem gente que vem nos conhecer e essa troca de experiência é onde o esporte ganha”, concluiu Grafite. 

No final do domingo (14), Jackson Tatinho conquistou a etapa do Recife e de quebra consagrou-se o "Rei da Quadra" da temporada. Juntando as premiações deste fim de semana, Jackson embolsou R$ 20 mil.

Para Lucas Grafite, essas premiações ajudam os atletas se manterem focados no esporte. “A premiação nos incentiva a vir para o campeonato dar o nosso máximo, dar uma prioridade a mais pro campeonato. Acredito que essa modalidade tem tudo para se tornar olímpica também", disse. 

Todos ganham 
Não só os atletas se beneficiam do crescimento da nova modalidade. Outros agentes também recebem novas oportunidades de atuar, como é o caso de Tarik Costa, árbitro de basquete do Rio de Janeiro. “Ganhar a vida como árbitro de basquete no Brasil não é fácil, mas o 1x1 é mais um opção, mais um leque que se abre. Em virtude do basquete ter tanta variação, como é o 3x3, essa nova modalidade que está chegando com toda força e eu tenho certeza que a nível mundial vai crescer bastante", declarou.