SANEAMENTO

Saneamento em Pernambuco tem potencial de receber R$ 26 bilhões em investimentos até 2033

Entre as áreas do saneamento que devem receber mais recursos no Estado estão a gestão de esgoto, seguida pela gestão de resíduos sólidos e soluções em recuperação energética

Marco Saneamento - Aesbe/Divulgação

O Marco Legal do Saneamento tem estimulado novos investimentos no país, ao facilitar a criação de instrumentos financeiros, processos de concessões privadas regulamentados e de um novo modelo de negócios no setor.

Uma pesquisa da IFAT Brasil, com base em dados de órgãos públicos e empresas privadas, aponta que o estado de Pernambuco tem o potencial de receber R$ 26 bilhões em investimentos até 2033.  

Entre as áreas do saneamento que devem receber mais recursos no Estado estão a gestão de esgoto, com R$ 10,2 bilhões; seguida pela gestão de resíduos sólidos e soluções em recuperação energética, com R$ 8,6 bilhões; pela drenagem e infraestrutura de saneamento, com R$ 4,1 bilhões; e pela gestão de água, com R$ 3,1 bilhões.

Atualmente, o Pernambuco possui índices importantes em relação a gestão de água, com 81%, e na gestão de resíduos, com quase 75%. A coleta e tratamento de esgoto e a área de drenagem registram, respectivamente, próximo a 42% e 20%, colocando o estado como o segundo melhor da Região Nordeste nesses segmentos.

O levantamento da IFAT Brasil prevê que a região Nordeste contará com investimentos da ordem de R$ 133 bilhões. A área com maior déficit é a drenagem, uma vez que estima-se apenas 14,5% de áreas impermeáveis com drenagem. No caso da gestão de esgoto, é possível ampliar os índices de 33% para coleta e 25% para o tratamento.

Já a gestão de resíduos, apesar de o atendimento estar próximo a 68% e de se ter aterros sanitários (mais de 50%), o índice de tratamento de resíduos é ainda pouco expressivo, com a presença de lixões (mais de 45%). A gestão de água tem um índice próximo de 80%.

Em relação ao país, os investimentos externos na área de saneamento quase triplicaram entre 2020-2022, alcançando o montante de R$ 90 bilhões, em comparação ao período de 1992 a 2000, quando os aportes chegaram a quase R$ 35 bilhões. Segundo o estudo da IFAT Brasil, o setor tem potencial de receber recursos da ordem R$ 580 bilhões até 2033.