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PIB da China cresce cerca de 5,2% em 2023, afirma premier em Davos

Governo chinês, no entanto, está considerando emitir US$ 139 bilhões em títulos soberanos para sustentar a segunda maior economia do mundo

Primeiro-ministro da China, Li Qiang - Geoffroy Van der Hasselt / AFP

A economia da China cresceu cerca de 5,2% em 2023, superando a meta oficial de crescimento do governo para o ano sem depender de "estímulos maciços", disse o primeiro ministro chinês, Li Qiang, em Davos.

- No ano passado, em 2023, a economia chinesa se recuperou e subiu com um crescimento estimado em cerca de 5,2%, maior do que a meta de 'cerca de 5%' estabelecida no início do ano passado", disse Li nesta terça-feira, em sua primeira aparição como a autoridade número 2 da China no Fórum Econômico Mundial.

- Ao promover o desenvolvimento econômico, não recorremos a estímulos maciços. Não buscamos crescimento de curto prazo enquanto acumulamos riscos de longo prazo - ressaltou Li.

O primeiro ministro - que foi a autoridade de mais alto nível enviado a Davos desde que o presidente Xi Jinping compareceu em 2017 - ressaltou os esforços que a China tem feito para inspirar confiança em sua economia e governo. Seus comentários foram feitos um dia antes de o país divulgar uma série de dados econômicos para dezembro e 2023, incluindo os últimos números de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Mesmo se for confirmado o resultado positivo do PIB em 2023, a China está considerando a possibilidade de emitir 1 trilhão de iuanes (US$ 139 bilhões) em novas dívidas sob o chamado plano especial de títulos soberanos, a quarta venda desse tipo nos últimos 26 anos, à medida que as autoridades buscam mais dinheiro para financiar a intensificação dos esforços para sustentar a segunda maior economia do mundo.