Criadora do Fortnite, Epic dá por perda de batalha judicial contra a Apple
Apple e Google recebem até 30% em qualquer transação financeira feita em suas lojas de aplicativos
O número um da Epic Games, empresa que desenvolveu o popular videogame Fortnite, de Tim Sweeney, deu por perda, nesta terça-feira (16), a batalha judicial conta a Apple para abrir o iPhone a lojas alternativas de aplicativos, após a recusa da Suprema Corte dos Estados Unidos de avaliar o caso.
O mais alto tribunal americano anunciou que não vai considerar apelações de nenhuma das duas empresas neste longo processo, encerrando, desta forma, uma disputa legal.
"A batalha judicial para abrir o iOS a lojas e mecanismos de pagamento concorrentes está perdida nos Estados Unidos. Um triste desenvolvimento para todos os desenvolvedores", escreveu Sweeney na rede social X.
Em 2020, a Epic entrou com uma ação contra Apple e Google, que dominava a economia ligada aos dispositivos móveis no mundo graças, respectivamente, aos sistemas operacionais Android e iOS, assim como as comissões sobre as compras dos usuários. O estúdio de videogame é acusado de praticar monopólio.
Apple e Google recebem até 30% em qualquer transação financeira feita em suas lojas de aplicativos.
Há dois anos, após o início do processo entre Epic e Apple, uma justiça federal americana pediu ao fabricante dos iPhones que permitisse aos desenvolvedores propor formas de pagamento alternativas aos usuários. Mas atualmente a Epic não conseguiu provar que a Apple estava violando o direito à livre concorrência.
As duas empresas apelaram da decisão e o caso chegou à Suprema Corte.
No mês passado, a Epic teve uma vitória inesperada contra o Google nos Estados Unidos, quando um júri recentemente que o gigante da internet abusou de seu poder para sufocar a concorrência no mercado de aplicativos móveis via Android.
Ao contrário da Apple, o Google autoriza as lojas alternativas. Mas a Epic aponta que essa postura é ilusória e o Andoid é tão fechado quanto o iOS.