São Paulo

'Será uma honra': Alckmin apoia Tabata na eleição de SP e nega comparação com Marta Suplicy

Disputa na capital paulista terá cenário inusitado, com principais nomes do Governo Federal em palanques separados

Tábata Amaral e Geraldo Alckmin - Reprodução

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta sexta-feira que "será uma honra" apoiar a deputada federal Tabata Amaral (PSB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

A eleição municipal na capital paulista terá um cenário inusitado, uma vez que vai atrair os principais nomes do governo federal em palanques separados.

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazendo, Fernando Haddad, estarão com Guilherme Boulos (PSOL), Alckmin e o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, estarão com Tabata.

Já o prefeito Ricardo Nunes terá apoio de sua correligionária, a ministra do Planejamento Simone Tebet (MDB).

 

Em agenda no diretório estadual do PSB na Zona Sul de São Paulo, Alckmin elencou três diferenciais de Tabata que a fortalecem e poderão, segundo ele, ajudá-la na campanha.

 

"Será uma honra (apoiar Tabata). Ela é jovem, nós precisamos trazer os jovens para a vida política; mulher, nós precisamos de mais mulheres para melhorar, elevar a vida pública; preparadíssima: formada em Harvard, reeleita deputada federal, de família muito humilde, muito simples aqui da Zona Sul de São Paulo. Essas coisas não decidem, mas ajudam", declarou Alckmin.

 

A Esplanada dos Ministérios dividida em palanques por vezes adversários nas eleições acendeu um alerta no governo. Em sua fala final em uma reunião ministerial feita no fim de dezembro, Lula alertou os auxiliares a serem cautelosos ao se envolverem nas disputas municipais.

Lula disse que os ministros devem ter cuidado nos locais onde houve mais de um candidato da base do governo. Na fala que foi fechada, o presidente afirmou, segundo participantes, que o importante é não provocar divisões.

Alckmin, no entanto, diz não haver "razão para briga".

"Política é ética. Não há politica sem ética e civilidade. Todo mundo quer o bem comum. Os caminhos são diferentes. Um por aqui, outro por lá. Não há razão para ter briga. É natural que os partidos, no primeiro turno, tendo candidatos, coloquem à disposição do eleitorado", afirmou.

Questionado sobre supostas semelhanças entre a chapa de Boulos e a ex-prefeita Marta Suplicy e àquela que ele concorreu com Lula em 2022, o vice-presidente disse que são "situações diferentes":

"Uma coisa é o pleito municipal, outra, o nacional. São histórias políticas diferentes".