Michelle, Rosângela e Gleisi: possibilidade de cassação de Moro leva a disputas por candidaturas
PT tem disputa interna entre a presidente da sigla e Zeca Dirceu; esposa de ex-juiz e ex-primeira-dama teriam que migrar domicílio eleitoral
Antes mesmo de o julgamento da chapa de Sergio Moro ser iniciado e de sua cassação ser confirmada pela Justiça Eleitoral, a possibilidade de uma eleição suplementar ser convocada para preencher sua vaga no Senado já provoca disputas nos partidos e mobiliza pré-candidatos que tentam se viabilizar no páreo. Para que o pleito aconteça no Paraná, no entanto, o processo ainda precisará ser analisado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), depois de passar pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado.
Autores das ações que pedem a inelegibilidade do ex-juiz da Lava-Jato, PT e PL pretendem lançar candidaturas. Em caso de uma nova eleição, o escolhido por voto popular ficará no posto até, pelo menos, 2030.
Na sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já há disputa interna entre a deputada federal e presidente da legenda, Gleisi Hoffmann (PR), e o também deputado Zeca Dirceu (PR), líder do PT na Câmara. Glesi já chegou a recebeu o apoio da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, para concorrer no estado.
No PL, uma candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) tem sido citada como possibilidade, embora a principal aposta seja no nome do jornalista Paulo Martins. Na corrida pelo Senado em 2022, ele ficou em segundo lugar, atrás apenas de Moro, e somou 29% dos votos no estado.
No entorno do ex-juiz da Lava-Jato, sua esposa, a deputada por São Paulo Rosangela Moro (União), também é tida como uma eventual candidata ao cargo, caso Moro perca o mandato. Assim como Michelle, Rosangela terá que transferir seu domicílio eleitoral para o Paraná, se decidir entrar na disputa.