Bukele pede voto para seguir com "guerra" contra gangues em El Salvador
O presidente pede o voto para os candidatos de seu partido Novas Ideias ao Congresso dos Deputados
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, favorito nas próximas eleições de 4 de fevereiro, pediu no domingo (21) o voto da população para não colocar "em risco" a polêmica luta que seu governo trava contra as gangues.
"Neste 4 de fevereiro, devemos proteger as conquistas de segurança", disse Bukele em um vídeo de um minuto divulgado em sua conta na rede social X.
O presidente pede o voto para os candidatos de seu partido Novas Ideias ao Congresso dos Deputados.
"Neste momento, Novas Ideias tem a maioria qualificada, mas com apenas um deputado a menos perderíamos essa maioria e colocaríamos em risco a guerra contra as gangues", advertiu Bukele.
Segundo o presidente salvadorenho, se não tiver maioria qualificada no Congresso, seu governo não conseguirá aprovar o regime de exceção, eleger magistrados da Suprema Corte de Justiça, o procurador-geral, "nem aprovar todas as ferramentas que estão nos ajudando para vencermos essa guerra" contra as gangues.
"Isso quer dizer que, com apenas um deputado a menos do Novas Ideias, a oposição poderá concretizar seu verdadeiro e único plano, libertar os bandidos e ocupá-la para retornar ao poder", acrescentou.
Diferentes pesquisas indicam que Bukele deve se reeleger e dominar quase por completo o Congresso nas eleições de 4 de fevereiro. Nessa data, além de elegerem um presidente, os salvadorenhos também renovam o Congresso.
Em 30 de novembro, o presidente recebeu licença parlamentar de seis meses para se lançar em sua campanha à reeleição.
O enorme apoio popular a Bukele se deve ao fato de sua "guerra" contra os grupos criminosos ter levado tranquilidade à população, apesar de limitar os direitos civis com um regime de exceção em vigor desde março de 2022, segundo grupos de direitos humanos.
Bukele está na disputa após uma polêmica decisão do Tribunal Constitucional, que o autorizou a concorrer a um segundo mandato consecutivo, embora a Constituição salvadorenha não permitisse a reeleição.