Reino Unido e EUA anunciam novas sanções contra 'financiadores' do Hamas
Essa é a terceira rodada de sanções imposta pelos dois países desde o ataque lançado pelo Hamas em 7 de outubro
Reino Unido e Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (22), a adoção de novas sanções contra cinco pessoas e uma entidade "chave" no financiamento do Hamas e de sua aliada, a Jihad Islâmica palestina.
As sanções, coordenadas entre os dois países, "enviam uma mensagem clara ao Hamas: Reino Unido e seus parceiros estão decididos a garantir que quem financia atividades terroristas não tenham onde se esconder", declarou o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, citado em um comunicado à imprensa.
"Para conseguir um cessar-fogo duradouro em Gaza, o Hamas não pode seguir no poder nem ameaçar Israel. Perturbando as redes financeiras que apoiam as operações do Hamas, incluídas aquelas a partir do Irã, essas sanções respaldam esse objetivo crucial", acrescentou o texto.
Entre as personalidades contra as quais essa medida é direcionada está Zuheir Shamlakh, financiador "emblemático" do Hamas desde 2019, que ajudou o movimento islamista palestino a utilizar criptomoedas.
Shamlakh "utilizou moedas digitais e sistemas informais de transferência de dinheiro para enviar grandes quantias ao Hamas a partir do Irã antes dos trágicos ataques de 7 de outubro" em Israel, disse o Ministério das Relações Exteriores britânico.
Combatentes do movimento islamista palestino mataram naqueles ataques 1.140 pessoas, em sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em cifras oficiais israelenses.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea e terrestre na Faixa de Gaza que deixou cerca de 25.300 mortos, em sua maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério de Saúde do governo do Hamas.
O governo britânico indica em seu comunicado que as novas sanções contra essas pessoas ou entidades se traduzirão em um congelamento de ativos, proibições de viagens e embargos de armas.
Essa é a terceira rodada de sanções imposta pelos dois países desde o ataque lançado pelo Hamas em 7 de outubro.
A União Europeia, que também considera o Hamas uma organização terrorista, anunciou na sexta-feira novas medidas contra seis pessoas acusadas de financiar o grupo islamista palestino, algumas das quais já foram sancionadas pelo Reino Unido e Estados Unidos em novembro.