STF

Pacheco rebate Valdemar após ser cobrado por agir contra o STF

Mais cedo, Valdemar chamou Pacheco de frouxo e disse que operação da PF deflagrada Ramagem é uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco - Marcos Oliveira/Senado

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rebateu falas do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e disse que é difícil manter diálogo com quem faz da política exercício para ampliar e obter ganhos com fundo eleitoral.

“Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF. E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema”, disse Pacheco em nota.

Mais cedo, Valdemar chamou Pacheco de “frouxo” e disse que a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quinta-feira contra o deputado federal e pré-candidato à prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem (PL), é uma perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

— É mais uma perseguição do ministro Alexandre de Moraes contra bolsonaristas e a direita do país. Mas, isto só ocorre pelo fato de termos um presidente do Congresso frouxo. O Rodrigo Pacheco deveria agir pelo impeachment dele. A função do Ramagem, à frente da Abin sempre foi investigar — disse Valdemar.

Mais cedo, pelas redes sociais, Valdemar já havia publicado críticas à operação da PF que mira Ramagem, tentando vincular o caso ao que chama de "perseguição política" contra Bolsonaro. "Está claro que mais essa operação da PF de hoje contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do Bolsonaro", escreveu.

Reação bolsonarista
A operação da PF gera reação por parte de outros aliados nas redes sociais. Um dos que capitaneia a repercussão é o líder da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ). Em seu Instagram, ele alegou perseguição política contra o partido. "Em uma semana, dois deputados pré-candidatos a prefeito são alvos de buscas e apreensões pela PF. Tudo certo na 'democracia relativa'", escreveu. O perfil de Bolsonaro fez a mesma postagem.

A mensagem do líder da oposição ganhou fôlego e foi compartilhada por outros integrantes da bancada, como Gustavo Gayer (PL-GO).

Já Messias Donato (Republicanos-ES) caracterizou a operação desta manhã como um "desrespeito" e "afronta ao Parlamento". "Ramagem estava conosco ontem nas reuniões na Câmara. A todo custo e a todo tempo querem calar nossa voz. É o segundo deputado conservador perseguido em menos de duas semanas", disse.