EUA

Ex-assessor de Trump é condenado por se recusar a cooperar no caso dos ataques ao Congresso

Defesa alega que republicano teria instruído pessoalmente o assessor a não cooperar com a intimação, alegando que ele estaria protegido por "privilégios executivos"

Peter Navarro, ex-assessor comercial da Casa Branca do ex-presidente Donald Trump - Andrew Caballero-Reynolds/AFP

Peter Navarro, conselheiro comercial do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, foi sentenciado nessa quinta-feira a quatro meses de prisão por se recusar a cooperar nas investigações parlamentares dos ataques ao Congresso americano, em 6 de janeiro de 2021.

Os promotores do caso de Navarro, que foi considerado culpado em setembro, ainda estão pedindo ao tribunal que imponha uma sentença de seis meses e uma multa de US$ 200 mil.

Navarro foi condenado por duas acusações de desacato ao Congresso. Segundo a defesa, Trump teria instruído pessoalmente o ex-assessor a não cooperar com a intimação, alegando que ele estaria protegido por “privilégios executivos”.

Os promotores do Departamento de Justiça afirmam que Navarro tentou “se esconder atrás de reivindicações de privilégio”, antes mesmo de saber exatamente o que o Congresso queria, mostrando “desdém” pelo comitê que julga o caso.

Já os advogados do conselheiro de Trump afirmam que Navarro foi colocado em “posição insustentável” e, por isso, deveria ser condenado à liberdade condicional e a uma multa de US$ 100.

Navarro foi o segundo assessor de Trump a enfrentar as consequências do desacato ao Congresso. Steve Bannon, ex-conselheiro da Casa Branca, foi sentenciado a quatro meses de prisão, mas foi solto enquanto recorria da decisão.