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Prévia da inflação em janeiro desacelera e sobe 0,31%, mas alimentos ainda pressionam

Em 12 meses, IPCA-15 acumula alta de 4,47%. Alimentação em casa fica mais caro, mas passagem aérea e gasolina têm queda

Supermercado - Valter Campanato/Agência Brasil

A prévia da inflação desacelerou para 0,31% no primeiro mês do ano, influenciada principalmente pelo segmento de alimentação e bebidas, que voltou a figurar como maior componente do aumento de preços, após subir 1,53% no mês e colaborar com 0,32 ponto percentual para o resultado. Em dezembro, o IPCA-15, divulgado pelo IBGE, ficou em 0,40%.

Nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,47%; Em janeiro de 2023, o resultado foi de 0,55%; O acumulado do ano é de 0,31%.

A boa notícia é que os preços do grupo de transportes, que foram os principais motores da inflação em 2023, caíram 1,13% em janeiro. Houve queda de 15,24% nas passagens aéreas e de 0,63% nos combustíveis, neste caso puxada pelo etanol (-2,23%), pelo óleo diesel (-1,72%) e pela gasolina (-0,43%). O gás veicular registrou alta (2,34%).

Entre os nove grupos pesquisados, a grande maioria teve alta em janeiro. Além de alimentação e bebidas, teve destaque o segmento de saúde e cuidados pessoais, que ficou em 0,56% no mês de janeiro, acelerando 0,14% em relação a dezembro.

Despesas pessoais se mantiveram no mesmo patamar anterior (de 0,56%), enquanto os preços de moradia fecharam em 0,33% ante 0,48% no mês de dezembro.

Dentro de alimentação e bebidas, o que mais subiu foi a alimentação domiciliar, com alta de 2,04% no mês. Contribuíram para esse resultado os aumentos da batata-inglesa (25,95%), tomate (11,19%), arroz (5,85%), frutas (5,45%) e carnes (0,94%).

A alimentação fora do domicílio desacelerou para 0,24% no mês (em dezembro, ficou em 0,53%). A refeição e os lanches fecharam janeiro em 0,32% e 0,16% respectivamente, com variações menores na comparação com o final do ano passado.