Futebol

Schulle não enxerga Santa com vantagem em clássico após folgar na rodada passada do Estadual

Treinador minimizou o fato de o Tricolor ter tido mais tempo para trabalhar do que o Náutico, que precisou jogar no meio de semana diante do Central

Itamar Schülle, técnico do Santa Cruz - Walli Fontenele / Folha de Pernambuco

O assunto da semana que antecede o Clássico das Emoções entre Santa Cruz e Náutico, no Arruda, pelo Campeonato Pernambucano, foi a diferença de preparação entre as equipes. Enquanto o Timbu teve apenas três dias para se preparar para o confronto, já que atuou também na última quarta (24), contra o Central, no Lacerdão, o Tricolor “ganhou” uma semana de descanso ao ter o duelo perante o Retrô adiado. Os alvirrubros ficaram na bronca. No lado coral, porém, o técnico Itamar Schulle minimizou o fato. 

“Isso não é vantagem. Qual vantagem tivemos em jogar a pré-Copa do Nordeste (contra o Altos-PI), passar uma noite sem dormir e dois dias depois tendo o jogo contra o Maguary? Estávamos em desvantagem? Não. Fizemos o jogo que precisávamos fazer, dificílimo, em uma estreia de Pernambuco. Isso (adiamento) é coisa da direção. Foi uma questão do estádio também, em que fizemos tudo que foi solicitado. A gente se alegra em jogar aqui. Vamos procurar fazer o nosso melhor para conseguir o resultado positivo”, afirmou. 

Ainda no tema “minimizar”, Schulle também optou por contemporizar o fato de o Santa Cruz não vencer um clássico contra o Náutico há quatro anos. Curiosamente, a última vez foi justamente quando o próprio treinador estava no Tricolor, em 2020, ganhando por 2x0 no Estadual da época. 

“Esses tabus são criados ao longo dos anos, mas cada jogo tem uma realidade diferente. Situações diferentes. Temos de estar concentrados neste momento. Não posso ficar lembrando do meu trabalho há quatro anos por ter vencido os clássicos. Isso nos alegra, mas agora é um novo ano, com cenários diferentes dos clubes. Sabemos que nosso caminho é árduo, temos um adversário difícil pela frente e procuramos evoluir no dia a dia. Nosso desejo é colocar isso em prática no clássico”, apontou.