Suprema Corte da Venezuela confirma inelegibilidade por 15 anos de Capriles
A decisão foi confirmada após considerar "sem mérito" a contestação do opositor, pois estava fora dos requisitos estabelecidos e exigidos no Acordo de Barbados assinado em 17 de outubro de 2023
A Suprema Corte da Venezuela, alinhada com o governo, confirmou nesta sexta-feira (26) a inelegibilidade por 15 anos do líder da oposição Henrique Capriles, que foi candidato presidencial em duas ocasiões.
Capriles contestou em 2017 a sanção imposta por supostas irregularidades administrativas quando era governador do estado de Miranda (centro-norte). A decisão foi confirmada após considerar "sem mérito" a contestação do opositor, pois estava fora dos requisitos estabelecidos e exigidos no Acordo de Barbados assinado em 17 de outubro de 2023.
A Suprema Corte também deve dar um parecer nesta sexta-feira sobre a inelegibilidade de María Corina Machado, que obteve amplo apoio em uma votação primária em outubro do ano passado que a confirmou como candidata presidencial da oposição em eleições para as quais ainda não foi definida uma data.
No entanto, ela permanece tecnicamente inelegível por suposta corrupção e por apoiar sanções contra Caracas.
Capriles também foi candidato nas primárias realizadas pela oposição, mas desistiu em prol de Machado. Ele era visto como um possível substituto se ela fosse impedida de concorrer.
O governo de Maduro e a oposição concordaram em conversas em Barbados no ano passado em realizar eleições livres e justas em 2024, com observadores internacionais presentes.
Esse acordo levou os Estados Unidos a aliviar as sanções contra a Venezuela, permitindo que a Chevron retomasse a extração limitada de petróleo como parte de um esforço para manter os preços globais baixos enquanto o Ocidente impunha sanções à Rússia devido à guerra na Ucrânia.