NEGÓCIOS

Recife sediará, em agosto, a Multimodal Nordeste, primeira feira regional voltada ao setor logístico

Evento, que inaugura o Recife Expo Center, terá 70 expositores, consumirá R$ 1 milhão em investimentos e deve gerar R$ 250 milhões em negócios

Domênico, Tatiana, Carol e Rodrigo, os sócios da Multimodal Nordeste - Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Em agosto deste ano, o mercado corporativo nordestino passa a contar com um evento pioneiro dirigido ao segmento logístico. Trata-se da Multimodal Nordeste, que será realizada de 6 a 8 de agosto e inaugura o Recife Expo Center, primeiro espaço para feiras e convenções da capital pernambucana, no Cais de Santa Rita, região central da cidade. Com investimentos da ordem de R$ 1 milhão, a feira vai reunir 70 expositores em 2,5 mil metros quadrados de área, com expectativa de público de 5 mil pessoas, segundo os organizadores.

A ideia do evento, que terá entrada franca e passa a integrar o calendário de eventos empresariais do Recife, pois será realizada anualmente, partiu do empresário do setor logístico Domênico Carneiro com os sócios da Insight, empresa especializada em feiras B2B, Carol Baía, Tatiana Menezes e Rodrigo da Fonte. Para conceber o evento, os quatro se uniram e abriram a empresa Multimodal Nordeste.

De acordo com Domênico, as empresas hoje gastam aproximadamente 13% do faturamento bruto delas com logística. O desafio é otimizar essa verba ou reduzi-la, mas melhorando a qualidade dos serviços.

“O mercado está cada vez mais competitivo. Não se consegue repassar o preço ao cliente. Então, tem que organizar da porta para dentro. E muitas vezes, as maiores oportunidades estão na logística, porque não existe uma única forma de fazer logística. Você pode ter uma rotina, mas simplesmente mudando-a consegue ter economia”, lembra o empresário.

Ações simples como a implantação de uma tecnologia para uma roteirização ou acompanhamento de carga, entrega, segundo Domênico, mudam completamente a realidade do setor, obtendo-se mais controle e qualidade. “Isso traz ganho financeiro, operacional e de qualidade que o cliente percebe, porque recebe o que comprou sem contratempos”, ensina Domênico.

Ainda de acordo com ele, o Recife é uma cidade estratégica para comportar um evento da natureza do Multimodal Nordeste. “É uma feira que vai alcançar todo o Norte e o Nordeste, pela importância de Pernambuco como hub logístico e pela importância do Porto de Suape para os estados vizinhos”, conta ele, destacando o protagonismo logístico do porto local, um dos mais importantes do Brasil.

Expertise da Insight
Além de Domênico, a Multimodal Nordeste vai contar com a expertise dos sócios da Insight, que é responsável por três feiras que já se consolidaram como grandes eventos regionais: a Hospital Med, considerada a segunda maior para o setor hospitalar do Brasil; a Supermix, para o varejo;  e a HFN, para o segmento de bares, restaurantes, hotéis e afins. Segundo Carol Baía, a expectativa é que a Multimodal Nordeste gere, no mínimo, R$ 250 milhões em negócios antes, durante e depois do evento.

“Quando a gente fecha com o cliente, já começa a divulgá-lo para o mercado. Temos um trabalho muito forte de inbound marketing (conjunto de estratégias focado em atrair, converter e encantar clientes,usando ferramentas de marketing de conteúdo, SEO e estratégias em redes sociais para atrai-los por meio de canais on-line) com um funil para o cliente também, porque a gente quer que ele se conecte com o mercado e faça negócios antes mesmo de a feira acontecer. Fechou o contrato, a gente já está divulgando os negócios dele”, explica a executiva.

Carol destaca que dentre as ações de divulgação dos clientes estão a logomarca deles no site do evento. “Eles também recebem o que a gente chama de kit marketing, com um card para ser divulgado em rede social, é divulgado na rede social do evento, recebe um card de whatsapp para disparar. Fazemos também faz um trabalho de e-mail marketing, divulgando o cliente para o mercado”, enumera.

Custo baixo
Ao ressaltar a relevância da feira para expositores, os organizadores da Multimodal Nordeste esclarecem que o custo é relativamente baixo, uma vez que eles terão uma quantidade grande de clientes interessados no serviço que têm para oferecer reunidos no mesmo lugar. “Se o expositor tiver 5% da visitação total de uma feira passando no estande dele, já é um número maravilhoso. Por exemplo, 5% de 5 mil pessoas corresponde a 250 pessoas. É um número exorbitante. Metade disso já é maravilhoso”, esclarece Carol.

Domênico complementa o raciocínio de Carol, afirmando que quando se juntam comprador e expositor numa feira, este último receberá alguém que realmente está interessado no produto ou serviço que ele tem para vender, porque está indo até o expositor expontaneamente. “Se ele senta na frente do expositor é porque está precisando comprar aquele serviço. Então, é muito mais fácil gerar negócios na feira do que na visita de vendas. E no caso das visitas, a empresa interessada em vender tem tempo e recursos desprendidos”, compara ele.

Os organizadores esclarecem que, na feira, a empresa interessada em vender recebe quem realmente tem o poder de decisão nas organizações, o que não acontece numa visita comercial, quando dificilmente se fala com quem decide. O vendedor geralmente é recebido pelo gerente ou alguém com cargo semelhante, que fará uma triagem para depois repassar à diretoria ou à presidência.