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Haddad diz que déficit de R$ 230 bi reflete decisão do governo de quitar calote herdado de Bolsonaro

Ministro da Fazenda diz que praticamente a metade do déficit se explica por pagamento atrasado de precatórios e indenização a estados e municípios por cortes de ICMS

Fernando Haddad - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta segunda-feira que o déficit de R$ 230 bilhões do governo federal em 2023 reflete, em parte, as despesas que não foram pagas pelo governo Bolsonaro em 2022, entre elas, os precatórios, e também as indenizações a estados e municípios pela redução do ICMS.

Segundo o ministro da Fazenda, cerca de metade desse número corresponde a pagamentos atrasados que foram feitos por decisão da sua pasta, para tirar esse passivo das estatísticas. Haddad chamou os valores de "calote".

- Primeiro lugar, o que temos que considerar é que esse resultado é expressão de uma decisão que o governo tomou de pagar o calote que foi dado tanto em precatórios quanto nos governadores, em relação ao ICMS de combustíveis. Dos R$ 230 bilhões (de déficit), praticamente a metade é pagamento de dívida do governo anteior que poderia ser prorrogada pra 2027 e nós achamos que não era justo quem quer que fosse o presidente.