Lula diz que não vai interferir em candidatura de Tabata em São Paulo
Presidente, que apoia candidatura de Boulos, afirma que deputada do PSB será candidata à prefeitura da capital paulista "se quiser"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva refutou nesta terça-feira (30) a possibilidade de ingerência na candidatura de Tabata Amaral (PSB) nas eleições para a prefeitura de São Paulo. Para ele, o esforço no pleito da capital paulista é derrotar o candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), que tenta o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista à Rádio CBN Recife, Lula também negou a oferta de um ministério para tirar Tabata das eleições.
"Eu jamais iria tentar corrompê-la com um cargo para não ser candidata a prefeita. Ela sabe o que ela pode fazer, tem noção do que é São Paulo. Se ela quiser se candidata e ela vai ser, porque tem um partido político, não é o presidente que vai decidir" declarou.
O PT está apoiando o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Será a primeira vez desde a redemocratização que o PT não terá um candidato próprio na capital paulistana.
"Se a Tabata for candidata e o Boulos for candidato, quem for melhor e for para o segundo turno, eu estaria apoiando. Se os dois foram para o segundo turno, aí sim vai ter divergência. Mas o que precisamos é derrotar o 'bolsonarismo' " disse Lula.
Na última terça-feira, o presidente declarou que a cidade de São Paulo vai repetir o cenário de disputa eleitoral de 2022, ao se referir a disputa entre Boulos e Ricardo Nunes (MDB).
Chapa
Marta Suplicy deixou a gestão de Nunes em São Paulo para formar uma aliança com o psolista na chapa, como vice. A volta de Marta ao PT com o intuito de ser vice de Boulos foi articulada pelo próprio Lula, de quem ela foi ministra.
Marta ocupava o cargo de secretária de Relações Internacionais no governo emedebista. A saída dela da gestão Nunes causou incômodo no presidente do MDB, o deputado federal Baleia Rossi.