Quinteto Violado completa 45 anos de carreira
Início de tudo, e a origem do nome, veio das coxias da TV Universitária e de uma apresentação em Nova Jerusalém
Chico César - Divulgação
Um dos grupos musicais mais tradicionais e prolíficos do Estado, o Quinteto Violado celebra 45 anos de carreira, completados exatamente hoje. O início de tudo, e a origem do nome, veio das coxias da TV Universitária e de uma apresentação em Nova Jerusalém, em 20 de outubro de 1971, com os fundadores Marcelo Melo e Toinho Alves, falecido em 2008.
Atualmente formado por Marcelo, Ciano Alves, Dudu Alves, Roberto Medeiros e Sandro Lins, o grupo roda o Brasil com show comemorativo resgatando músicas e arranjos dos anos 1970 e 1980. Com discografia extensa e repertório que passeia por diversos momentos da música popular brasileira, o quinteto é influência certa de mais de três gerações de músicos, desde a mistura armorial de ritmos regionais como forró, frevo e ciranda, até o manguebeat de Chico Science & Nação Zumbi, nos anos 1990.
“Fizemos o show em cima das pedras do teatro, em Fazenda Nova. Já no fim, quando estávamos descendo com os instrumentos, umas crianças locais começaram a chamar a gente de violados, por causa das violas”, explica Marcelo.
“Fizemos o show em cima das pedras do teatro, em Fazenda Nova. Já no fim, quando estávamos descendo com os instrumentos, umas crianças locais começaram a chamar a gente de violados, por causa das violas”, explica Marcelo.
A influência mais forte do Quinteto é, constatada pelos cinco integrantes, a obra de Luiz Gonzaga. “É a estrela-guia do conjunto. Tudo que fazemos tem um pouco da obra de Luiz. Inclusive, ele chegou a se emocionar e chorar quando ouviu nosso arranjo para “Asa Branca” tocando no rádio”, conta Marcelo.
Desde então, o conjunto coleciona histórias de apresentações de sucesso tanto no Brasil como no exterior: “Quando tocamos na Alemanha, o público ficou muito encantado, chegamos a voltar seis vezes para o bis. Ao final do show, eles começaram a jogar flores no palco”, relembra o tecladista Dudu Alves.
A essência do som do grupo, apesar das transformações, se mantém. O estilo chegou a ser definido por Gilberto Gil como “Free Nordestino”, em tentativa de explicar a liberdade de experimentação e mistura dos ritmos regionais.
Cada vez mais próximos das cinco décadas de carreira, a banda não dá indícios de que pretende parar tão cedo e já adianta planos para o futuro. A ideia é dar continuidade ao projeto “Quinteto Violado canta”, que homenageia um artista específico. O último foi Dominguinhos, em disco lançado em 2015. O próximo, como revela Dudu Alves, deve ser o cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo. “Já conversamos com ele e ele ficou muito honrado”. Além de tudo, a banda já pensa nas comemorações dos 50 anos, seguindo fielmente o espírito Free Nordestino. Como diz Roberto: “Toinho costumava dizer que o Quinteto Violado é uma receita de bolo que deu certo. E nós seguimos em frente, continuando esta receita”.
Cada vez mais próximos das cinco décadas de carreira, a banda não dá indícios de que pretende parar tão cedo e já adianta planos para o futuro. A ideia é dar continuidade ao projeto “Quinteto Violado canta”, que homenageia um artista específico. O último foi Dominguinhos, em disco lançado em 2015. O próximo, como revela Dudu Alves, deve ser o cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo. “Já conversamos com ele e ele ficou muito honrado”. Além de tudo, a banda já pensa nas comemorações dos 50 anos, seguindo fielmente o espírito Free Nordestino. Como diz Roberto: “Toinho costumava dizer que o Quinteto Violado é uma receita de bolo que deu certo. E nós seguimos em frente, continuando esta receita”.