ONU pede retorno da democracia no aniversário do golpe em Mianmar
Grandes protestos organizados no país foram brutalmente reprimidos
Membros do grupo étnico rebelde Exército de Libertação Nacional Ta'ang, em Mianmar - AFP
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu nesta quinta-feira o fim da violência e o retorno da democracia em Mianmar, no terceiro aniversário do golpe militar no país asiático.
"Neste aniversário sombrio, o secretário-geral destaca a urgência de forjar um caminho para a transição democrática com o retorno ao governo civil", afirmou o porta-voz de Guterres, Stephane Dujarric, em um comunicado.
Na manhã de 1º de fevereiro de 2021, as Forças Armadas do país anunciaram a detenção da então governante Aung San Suu Kyi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, e de parlamentares da Liga Nacional pela Democracia (LND).
Os militares alegaram que os detidos haviam cometido fraude nas eleições celebradas algumas semanas antes, quando o LND derrotou um candidato apoiado pelos militares em um pleito que os observadores consideraram livre e justo.
Mais de 4.400 pessoas morreram na repressão militar contra a dissidência e 25.000 foram detidas, segundo uma ONG local.