Ex-genro de Flordelis é preso após nova ameaça a advogado da família do pastor Anderson do Carmo
Segundo depoimento de Ângelo Máximo, último episódio, que aconteceu há 8 dias, aconteceu na saída de mercado em Piratininga, em Niterói
Elias de Souza Azevedo, ex-genro da ex-deputada federal Flordelis, foi preso na noite desta quarta-feira (31), após nova ameaça ao advogado Ângelo Máximo, que representa a família do pastor Anderson do Carmo, morto em 2019. A informação foi divulgada no Bom Dia Rio, da TV Globo. Desta vez, Azevedo foi à casa da vítima com faca e uma tesoura. A nova ameaça acontece oito dias após a anterior, que chegou a ser registrada na 81ª DP (Itaipu).
Segundo a Polícia Militar, agentes do 12° BPM (Niterói), foram acionados para uma ocorrência de ameaça em Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. No local, policiais apreenderam com o suspeito uma faca e uma tesoura. Tanto a vítima, quanto o suspeito foram encaminhados para a delegacia.
No último dia 22, Máximo havia registrado outra ameça por parte de Azevedo. Na ocasião, o advogado afirmou que saía de um mercado em Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, quando foi abordado por Elias. O caso aconteceu por volta das 21h desta segunda-feira. Em depoimento à 81ª DP (Itaipu), Máximo afirmou que Elias — que era casado com Monique, uma das filhas adotivas de Flordelis — também teria ameaçado a antiga delegada responsável pelo caso, Bárbara Lomba e sua equipe:
“Disse que iria matar o declarante (Máximo), a delegada 'safada' Barbara Lomba e todos os policiais que atuaram no caso”, diz trecho do documento.
Flordelis foi condenada, em novembro de 2022, a 50 anos de prisão pelo homicídio de Anderson. As ameaças, segundo a vítima, envolviam a investigação do crime.
Outras ameaças
Em novembro de 2020, Máximo já havia registrado ocorrência por ameaça na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG). À época, ele contou ter sido intimidado durante uma audiência, quando um homem teria feito gesto de arma com a mão enquanto lhe encarava e fazia um sinal afirmativo com a cabeça.
Ao relatar o que viu para o promotor, este lhe teria orientado a compartilhar a informação com a juíza presente. Dali em diante, o advogado afirma não ter sido mais alvo de ameaças. No entanto, admite que ficou preocupado e decidiu procurar a polícia.
Segundo o advogado, esta é a nona ameaça que recebe desde que assumiu a defesa da família do pastor:
"Registrei três delas, uma na 74ª DP (Alcântara), a da DHNSG e a de ontem. Mas é a nona que recebo" afirmou ao Globo