Após Planalto e Congresso, STF retira grades que protegiam o prédio desde 2016
Prédio do Supremo foi o mais destruído na invasão de apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro em 8 de janeiro
O Supremo Tribunal Federal (STF) retirou nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, as grades que limitavam o acesso ao prédio principal da Corte. O movimento ocorre após o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional também retirarem as limitações de acesso.
Pela manhã, o STF ainda mantinha as grades, que foram retiradas até o início da tarde, quando estava prevista a sessão de início do ano Judiciário.
Em maio do ano passado, o Planalto retirou as grades que protegiam seu prédio desde 2013, quando Brasília foi alvo de protestos que culminaram na invasão da parte superior do Congresso Nacional.
A cúpula do Legislativo também mandou retirar as grades que protegiam suas instalações neste ano. A retirada oficial foi logo após a cerimônia de um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O STF foi o último a retirar as grades e restaurar o livre acesso pela região da Praça dos Três Poderes.
O prédio do Supremo foi o mais destruído na invasão de apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro em 8 de janeiro do ano passado. Os vândalos quebraram os vidros e entraram no plenário. Danificaram o plenário da Corte e chegaram a retirar uma parte do armário onde ficam as togas dos ministros que tinha o nome do ministro Alexandre de Moraes.
Apesar do simbolismo de retirarem as grades cerca de um ano após o 8 de janeiro, as barreiras de proteção já estavam no local desde 2019 - quando começou a crescer a onda de ataques contra o STF por parte de apoiadores de Bolsonaro.
Em março daquele ano, o Supremo tomou uma das decisões mais polêmicas dos últimos anos, com a abertura de ofício (ou seja, sem ser provocado para isso) do chamado "inquérito das fake news", destinado a apurar ameaças, notícias falsas e ataques a ministros da Corte.