BENEFÍCIO SOCIAL

Bolsa Família: revisão no cadastro tira 1,7 milhão de famílias unipessoais do programa em 2023

Dados do governo mostram o programa fechou o ano beneficiando 21,06 milhões de famílias

Wellington Dias com Lula: ministro responsável pelo Bolsa Família - Foto: Cristiano Mariz/28.02.2023

Em um ano, 1,7 milhão de famílias unipessoais, isto é, compostas por apenas uma pessoa, foram retiradas da lista de beneficiários do Bolsa Família. O governo Lula faz, desde o início da sua gestão, uma revisão realizada no Cadastro Único, base de dados utilizada para o pagamento dos benefícios sociais do governo.

O benefício mudou de nome durante o governo Jair Bolsonaro, quando se chamava Auxílio Brasil, mas voltou ao seu nome original, Bolsa Família, no governo Lula. Além disso, o governo remodelou os critérios para a distribuição do programa. Durante o governo Bolsonaro, o número de famílias unipessoais disparou, indo de 2,2 milhões no final de 2021 para para 5,8 milhões no início de 2023.

As regras anteriores do programa favoreciam o cadastro dos beneficiários como se cada integrante fosse uma família diferente, já que o Auxílio Brasil garantia o pagamento mínimo para famílias se elas tivessem 1 ou mais integrantes.

De acordo com dados do Cadastro Único, eram 5.884.261 de famílias unipessoais entre os beneficiários do Bolsa Família (então Auxílio Brasil) em dezembro de 2022. Em dezembro de 2023, esse número tinha caído para 4.152.915.

Além da revisão das famílias unipessoais, também vem sendo realizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social uma revisão em relação à renda. Nessa frente, o governo cruza as informações no Cadastro Único com outras bases do governo para atualizar qual o rendimento mensal atualizado dos inscritos.