EL SALVADOR

Urnas em El Salvador apontam Nayib Bukele como favorito à reeleição

Eleições presidenciais e legislativas do país da América Central tiveram mais de seis milhões de eleitores

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele (C), sorri ao chegar à sede do Tribunal Supremo Eleitoral para se registrar para as próximas eleições, em San Salvador, em 26 de outubro de 2023. - MARVIN RECINOSAFP

As eleições presidenciais e legislativas foram concluídas neste domingo (4) em El Salvador com o presidente, Nayib Bukele, como favorito à reeleição.

O Tribunal Supremo Eleitoral encerrou a votação às 17h locais, após uma jornada em que 6,2 milhões de eleitores foram convocados a comparecer às urnas.

Em entrevista coletiva concedida após votar, Bukele pediu aos salvadorenhos que apoiassem com seu voto a continuidade do estado de exceção, para preservar as conquistas “da guerra” contra os grupos criminosos.

“É importante que votemos, para garantir que tenhamos uma Assembleia Legislativa que possa continuar aprovando o regime de exceção", pediu o presidente, a poucos minutos do fim da votação.

Bukele rejeitou as críticas de organizações de direitos humanos ao regime de exceção (em vigor desde março de 2022), que apontam como "erro" a prisão de milhares de inocentes.

O presidente afirmou que todas as polícias do mundo prendem inocentes, e defendeu a taxa de encarceramento de El Salvador, a mais alta do mundo, alegando que o país era "a capital mundial dos homicídios".

“O que está por vir para El Salvador é um período de prosperidade, porque não há mais impedimento para abrir um negócio, estudar, trabalhar. Já não há mais impedimento para o turismo", acrescentou Bukele.

Diante das acusações de que instalou no país uma ditadura, o presidente negou que atente contra a democracia: “Não estamos substituindo a democracia, porque El Salvador nunca teve democracia. Pela primeira vez na História, El Salvador tem uma democracia, e não sou eu que digo isso, e sim o povo."