Cidade do Rio entra em estado de emergência na saúde pública por causa de aumento de casos de dengue
Entre as medidas para o combate à doença estão: criação do Centro de Operações de Emergência; abertura de polos de atendimento; dedicação de leitos em hospitais; uso de carros fumacê e entrada compulsória em imóveis fechados e abandonados
A cidade do Rio de Janeiro está em estado de emergência de saúde pública por causa da epidemia de dengue, afirmou o prefeito Eduardo Paes em decreto publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (5). Já está previsto um plano de contingência para combater a doença que prevê uma série de medidas.
Entre elas estão a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue); a abertura de dez polos de atendimento distribuídos por todo o município; a dedicação de leitos em hospitais da rede municipal; o uso de carros fumacê nas regiões com maior incidência de casos e a entrada compulsória em imóveis fechados e abandonados.
Neste início de ano, o município já registra mais de 10 mil casos da dengue, com uma taxa de incidência de 160,68 por 100 mil habitantes, segundo a prefeitura. O governo municipal afirmou que durante todo o ano de 2023 foram 22.959 casos.
A Secretaria municipal de Saúde está à frente do plano de contingência e também faz ações ducativas e de mobilização social para orientar a população sobre as medidas de prevenção das arboviroses urbanas. Quando necessário, os cariocas podem solicitar vistorias ou denunciar possíveis focos do mosquito pela Central 1746.
Na última sexta-feira, Eduardo Paes já havia afirmado que o Rio já vivia uma epidemia de dengue, com mais de 11 mil casos da doença confirmados — um recorde de internação. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a cidade bateu o recorde de internações por causa da doença da história. Foram 362 hospitalizações em janeiro — o maior número desde 1974. Não houve mortes confirmadas pela doença, mas três óbitos são investigados na capital.