transição verde

Banco Mundial defende ampliação de investimento em transição verde, sobretudo no sul global

Ajay Banga, presidente da instituição, destacou foco nos pequenos países da África, além da América Latina e Caribe

Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga - Tony Karumba / AFP

O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, defendeu nesta segunda-feira, 5, que os países precisam ampliar investimentos em transição verde. Banga argumentou que os investimentos devem ter foco principalmente no "sul global", destacando pequenos países da África, além da América Latina e Caribe em geral.

"Na América Latina e no Caribe, devemos primeiro aumentar o financiamento para a Amazônia e depois focar na mitigação de eventos climáticos no Caribe", afirmou a autoridade, acrescentando que é necessário simultaneamente ampliar a educação sobre a crise climática na região.

Em evento no Centro para Desenvolvimento Global, ele falou sobre fluxos de investimento privado e perspectivas da instituição sobre o setor em 2024.

Banga comentou ainda que não vê como separar investimentos focados em mitigar a crise climática de ações para prevenir novas pandemias.

Ele também alertou que o Banco Mundial não pode apenas focar em investir em "desenvolvimento seguro" e que é necessário tomar alguns riscos, mas lembra que, para isso, será necessário mais capital dos acionistas para lidar com perdas potenciais.

Questionado sobre possíveis iniciativas para aliviar a dívida de países apoiados pelo Banco Mundial, Banga respondeu que o Banco Mundial não deve perdoar dívidas, mas controlar transparência e níveis de solvência para orientar os países, ao lado de outras instituições - como o Fundo Monetário Internacional (FMI) - e de cada governo. "Pedimos também que países se comprometam com maior transparência da dívida pública", disse.