EUA

Júri delibera em caso de mãe acusada nos EUA por ataque de filho atirador

James Crumbley deve ser julgado em separado no mês de março

Jennifer Crumbley, de 45 anos, e seu esposo James, de 47, são o primeiro casal de pais de um atirador que enfrentam acusações nos Estados Unidos - Jeff Kowal/AFP

Um júri dos Estados Unidos começou a deliberar, nesta segunda-feira (5), sobre o caso de uma mãe acusada de homicídio involuntário no Michigan, devido ao ataque a tiros em uma escola feito por seu filho adolescente em 2021.

Jennifer Crumbley, de 45 anos, e seu esposo James, de 47, são o primeiro casal de pais de um atirador que enfrentam acusações nos Estados Unidos pelas ações de seu filho, de acordo com a Promotoria.

Ethan Crumbley, de 17 anos, está condenado à prisão perpétua pelo ataque a tiros na escola secundária Oxford, em 30 de novembro de 2021, no qual morreram quatro estudantes com idades entre 14 e 17 anos.

Seus pais são acusados de terem comprado a arma para ele, uma SIG Sauer 9mm, apesar das advertências de que o adolescente tinha problemas mentais.

James Crumbley deve ser julgado em separado no mês de março.

Nas alegações finais, a promotora Karen McDonald pediu aos doze membros do júri que declarem Jennifer Crumbley culpada em quatro acusações de homicídio involuntário, uma para cada vítima.

Em contrapartida, a advogada de defesa Shannon Smith sustenta que Jennifer Crumbley não pode ser acusada pelos atos de seu filho problemático.

"Ninguém poderia imaginar isso", disse Smith. "Cada pai pode realmente ser responsabilizado por tudo o que seus filhos fazem?", questionou.

Durante o julgamento, Crumbley declarou que seu esposo tinha comprado a arma dias antes do ataque, como um presente antecipado de Natal, e que ela levou o rapaz a um estande de tiro.

A mulher assinalou que seu esposo era o encarregado de guardar a arma em casa e que somente estava previsto que o adolescente a utilizasse neste estande apropriado.

No dia do ataque, os Crumbley foram chamados à escola de seu filho depois que uma professora se alarmou após encontrar um desenho violento na escrivaninha de Ethan.

O desenho foi mostrado aos pais e eles foram aconselhados a buscar ajuda especializada para o adolescente.

Contudo, o casal supostamente se recusou a levá-lo para casa, por isso Ethan retornou para a sala de aula. Mais tarde, ele foi ao banheiro e saiu dali atirando com a arma que levava em sua mochila.