Saldo de crédito na economia desacelera para 7,9% em 2023, mas termina no maior patamar em um ano
Segundo Banco Central, total de empréstimos concedidos na economia chegou a R$ 5,78 trilhões, o que corresponde a 52,8% do PIB
O saldo de empréstimos concedidos pelo setor financeiro cresceu 7,9% em 2023, para R$ 5,78 trilhões, o que fez com que o estoque total de financiamentos chegasse a 52,8% do PIB em dezembro, informou nesta terça-feira o Banco Central.
Esse é o mesmo patamar desde dezembro de 2022. O ritmo de crescimento, no entanto, desacelerou, na comparação com os 14,5% do ano passado.
Já as concessões - que indicam os novos financiamentos feitos no ano - cresceram 4,7%, puxados principalmente pelos chamados recursos "direcionados", que têm taxas de juros subsidiadas pelo governo. Esse tipo de linha saltou 8,9%, enquanto os recursos "livres", com taxas negociadas livremente pelos bancos, tiveram crescimento menor, de 4,2%. Em 2022, o crescimento havia sido mais forte nas concessões, de 20,7%.
Enquanto o saldo mostra o estoque total de financiamentos concedidos, a concessão mostra "o fluxo" em um determinando período, ou seja, os novos empréstimos que se somam ao estoque. Em dezembro, o saldo cresceu 1,4%, enquanto as concessões saltaram 7,8%.
A inadimplência terminou o ano em 3,3%, o menor patamar desde março. Já a inadimplência dos recursos livres ficou em 4,7%, o menor número desde abril.
Com o início da redução da Taxa Selic em agosto do ano passado, os juros médios da economia recuaram para 28,4%, o menor patamar desde junho de 2022.