Milei anuncia, em Israel, projeto de transferir embaixada argentina para Jerusalém
Atualmente, a embaixada argentina está localizada em Herzliya, perto de Tel Aviv
O presidente argentino, Javier Milei, chegou nesta terça-feira (6) a Israel e logo depois anunciou o seu plano de transferir a embaixada do seu país para Jerusalém.
"Obviamente, meu plano é transferir a embaixada [argentina] para Jerusalém Ocidental", disse Milei ao ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, na pista do aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv.
Atualmente, a embaixada argentina está localizada em Herzliya, perto de Tel Aviv, onde fica a grande maioria das representações diplomáticas.
O presidente argentino disse ao ministro israelense das Relações Exteriores que, com sua visita, pretende expressar seu "apoio ao povo de Israel" e "defender a legítima defesa" do Estado judeu contra "'os terroristas" do movimento islamista palestino Hamas.
A Argentina abriga a maior comunidade judaica da América Latina.
Em sua segunda viagem ao exterior desde que assumiu a Presidência em dezembro, o ultraliberal Milei estará em Israel até quinta-feira e, de acordo com sua agenda, não prevê se deslocar para a Cisjordânia ocupada.
Economista que nos últimos anos se aproximou do judaísmo, Milei se reúne com o presidente Isaac Herzog hoje, em Jerusalém, e, na quarta-feira, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Também terá reuniões com empresários e rabinos.
Além, disso, visitará o Museu do Holocausto, o Yad Vashem, e irá a um dos kibutz atacados pelos comandos do Hamas em 7 de outubro, durante um ataque surpresa no sul de Israel que terminou em pelo menos 1.160 mortos.
O presidente argentino também pretende se reunir com familiares de pessoas sequestradas pelo Hamas.
Em represália pelo ataque do Hamas, Israel começou a bombardear a Faixa de Gaza no mesmo 7 de outubro. Até o momento, seus ataques aéreos e terrestres deixaram mais de 27.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o enclave.
De Israel, Milei segue para a Itália para se encontrar com o papa Francisco na segunda-feira, no Vaticano, assim como com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e com a primeira-ministra Giorgia Meloni.