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Hamas condena 'energicamente' plano da Argentina de transferir sua embaixada para Jerusalém

Segundo o Hamas, a transferência seria uma violação dos direitos do povo palestino às suas terras e uma violação das normas do direito internacional

O presidente da Argentina, Javier Milei - Juan Mabromata/AFP

O grupo islamista palestino Hamas afirmou, nesta terça-feira (6), que "condena energicamente" os planos do presidente argentino, Javier Milei, de transferir a embaixada do país, atualmente perto de Tel Aviv, para Jerusalém.

Tal transferência seria "uma violação dos direitos do nosso povo palestino às suas terras e uma violação das normas do direito internacional, considerando Jerusalém como terra palestina ocupada", declarou o Hamas, que trava uma guerra com Israel desde outubro em Gaza, território que governa desde 2007.

Caso essa decisão se concretize, a Argentina será um dos poucos países do mundo a ter sua principal missão diplomática em Jerusalém, em vez de Tel Aviv. Os Estados Unidos mudaram a sua para lá em 2018, sob a presidência do polêmico Donald Trump, após reconhecer a cidade como capital de Israel.

Em 1947, as Nações Unidas conceberam um "status" internacional especial para Jerusalém, dada sua importância para judeus, cristãos e muçulmanos. A cidade foi, no entanto, dividida após a guerra que se seguiu à declaração de independência de Israel em 1948.

Israel tomou Jerusalém Oriental da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias de junho de 1967 e, posteriormente, anexou-a. Considera toda a cidade sua capital indivisível.

Jerusalém tem estado sob a autoridade israelense desde então, mas os palestinos reivindicam a parte leste como a capital de seu futuro Estado.