Novo líder do PSB defende diálogo com o presidente Lula para equacionar emendas. Confira
Na última segunda-feira, Maia deixou o Blocão de partidos liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.
O novo líder do PSB na Câmara dos Deputados, Gervásio Maia (PB), não embarcou no discurso nem na onda do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-Al), de pressionar e até usar de barganha para convencer o presidente Lula a recuar na decisão de vetar as emendas parlamentares de comissão.
Para ele, compete ao Executivo Federal a responsabilidade de cuidar dos temas da gestão e que se houve o veto, é mais uma oportunidade de sentar e conversar. “É um tempo a mais para amadurecer questões que têm relevância e impactos na economia do País”, disse, ontem, em entrevista a Rede Nordeste de Rádio.
E acrescentou: “Eu imagino que isso precisa ser analisado com maior profundidade para que a gente possa entender os dois lados – o do Executivo e do Congresso. Qualquer medida de força causa prejuízo para o país, e pode arranhar a harmonia entre os poderes. Temos que ir pelo caminho do diálogo. Entendendo, flexibilizando quando necessário, prorrogando prazos se o tema a ser discutido envolver a questão de prazos. Acho que todo tema que seja eivado de complexidade, ele não pode ser tratado de forma açodada. Tem que existir serenidade no trato, lucidez, bom senso e muito diálogo”.
Na última segunda-feira, Maia deixou o Blocão de partidos liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. Sobre o assunto, afirmou que a decisão se deu em sintonia com os demais integrantes da sigla na Câmara. “Me dou muito bem com Arthur Lira e com os líderes dos partidos na Câmara, mas é preciso entender que cada partido tem suas peculiaridades e que isso não pode se misturar. Vamos procurar construir a caminhada em harmonia com todos os partidos da Casa, mas respeitando as peculiaridades internas de cada partido”, explicou o líder do PSB.
“Como nós saímos do bloco antes da instalação da segunda sessão legislativa, a partir de hoje nós estamos aptos, de acordo com o regimento, de participar, de formar o bloco que quisermos e, a melhor parte, sem prazo, para a tomada de decisão”, afirmou o deputado, referindo-se a nova fase que vai liderar o partido sem bloco.
Em complemento, disse que qualquer decisão sobre novas composições só será tomada após o Carnaval. “Vamos nos sentar de forma presencial com todos que integram a bancada do PSB, fazer uma leitura sobre o ano de 2023 e definir o nosso futuro, a nossa caminhada em relação à participação ou não de bloco para o ano de 2024”.