Carnaval 2024

No Dia do Frevo, Paço do Frevo comemora dez anos com programação especial

Equipamento terá apresentações de diversos artistas locais

comemoração dos 10 anos do Paço do Frevo, no dia do frevo. Na foto: Luiz Santos, Gerente de Memória e Exposições do paço do frevo - Clarice Melo/ Folha de Pernambuco

Desde as 6h desta sexta-feira (9), os clarins anunciam, diretamente das janelas do Paço do Frevo, que é dia de festa. A prática se repete a cada hora, até o meio-dia. Além do aniversário de 117 anos do Frevo, comemorado nesta sexta-feira (9), é celebrada a chegada da primeira década do equipamento cultural, que fica no bairro do Recife.

O mais visitado da capital pernambucana, entre os museus municipais, o Paço registrou um público de mais de 156 mil pessoas, apenas em 2023. E neste janeiro, às vésperas do aniversário, atingiu a histórica marca total de um milhão de visitantes.

A partir das 10h, o Paço abre as portas ao público que, a partir das 11h30, vai poder acompanhar, gratuitamente, no terceiro andar, shows da Orquestra Malassombro e de, pelo menos, 20 artistas convidados, são eles:

•    Zé Manoel
•    Getúlio Cavalcanti
•    Isaar
•    Flaira Ferro
•    André Rio
•    Mônica Feijó
•    Martins
•    Claudionor Germano
•    Marron Brasileiro
•    Carlos Filho
•    Almir Rouche
•    Sofia Freire
•    Tonfil
•    Surama
•    Albino
•    Cláudio Rabeca
•    Luciano Magno
•    Nena Queiroga
•    Ed Carlos
•    Valéria Moraes
•    Dona Nana Moraes

A dança também vai ser representada por seus muitos estilos e formas de corpos que vivem os ritmos. Passistas se apresentarão em uma roda de frevo. Entre eles, estão: 

- Mestre Wilson
- Gil Silva
- Juninho Viégas
- Jefferson Figueirêdo
- Inaê Silva
- Dadinha
- Bhrunna Renata
- Mestre Tonho das Olindas
- Valéria Vicente
- Mariângela Valença
- Matheus Lumiére
- Edson Vogue
- Rebeca Gondim
- Loy do Frevo, em condução da multiartista Luna Vitrolira

Às 14h, o Paço do Frevo fecha e convida seu público a curtir o Carnaval nos braços de Momo: pelas ruas do Recife. O museu reabre na Quarta-Feira de Cinzas.

O gerente de Memórias e Exposição do museu, Luiz Santos, conta como tudo começou. Segundo ele, o equipamento é uma consequência da política pública de registro e valorização dos patrimônios imateriais do País.

 



“Uma história que começou em 2006 com o processo de pesquisa e inventário nacional do frevo, que combinou com o registro do frevo como patrimônio imaterial do Brasil. A população pernambucana e recifense pedia um espaço onde as memórias e as histórias do frevo pudessem ser contadas, mas também que fosse um lugar de encontro, de celebração, de difusão de toda a cadeia produtiva do frevo”, salienta.

“A gente tem cumprido essa missão de respeitar, valorizar, honrar as memórias dos mestres, mas também trazer essa referência contemporânea de quem faz e vive o frevo o ano inteiro”, acrescenta.

O Paço do Frevo é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como centro de referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do Brasil, o Frevo.

Patrimônio imaterial pela Unesco e pelo Iphan, o Frevo é um convite à celebração da vida, por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas, que no Paço do Frevo encontram seu lugar máximo de expressão, na manutenção de ações de difusão, pesquisa e formação nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do Frevo.

Programação normal
Geralmente, o Paço do Frevo funciona de terça à sexta-feira, das 10h às 17h. Os ingressos custam R$ 10, a inteira, e R$ 5, a meia. Nas terças, a entrada é gratuita. Aos finais de semana, o equipamento abre das 11h às 18h. Ele é situado na Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife.