SAÚDE

Dengue: qual repelente usar contra o mosquito? Anvisa divulga novas recomendações

Agência diz que é importante seguir orientações, como: onde passar, a idade que é permitido e a frequência da aplicação

Repelente - Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou recomendações de quais repelentes usar e como deve se usar o produto contra o mosquito da Dengue. Segundo o órgão, são dois tipos usados para repelir o Aedes Aegypti: repelentes para aplicação na pele e produtos para uso no ambiente. A Anvisa afirma que não existe produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, com indicação aprovada contra o mosquito.

“Os repelentes de insetos para aplicação na pele são enquadrados na categoria “Cosméticos” e devem estar registrados na Anvisa. Todos os ativos repelentes de insetos que já tiveram aprovação para uso em produtos cosméticos podem ser usados em crianças, mas é importante seguir as orientações descritas na rotulagem do produto, pois cada ativo tem suas particularidades e restrições de uso”, afirma a agência.

Como exemplo, o uso de repelentes que contenham o ingrediente DEET, composto químico que serve como repelente de insetos e pode ser usado diretamente na pele ou nas roupas, tendo como principal função proteger contra picadas de insetos, carrapatos e outros artrópodes, não é permitido em crianças menores de 2 anos.

Já em crianças de 2 a 12 anos de idade, o uso de DEET é permitido desde que a sua concentração não seja superior a 10%, restrita a apenas três aplicações diárias, evitando-se o uso prolongado.

O órgão lembra ainda que os repelentes devem ser aplicados nasáreasexpostasdo corpo e só deve ser usado por cima de roupas se houver indicação expressa na rotulagem do produto.

Produtos para uso no ambiente
Os produtos maisutilizadospara uso no ambiente são inseticidas e repelentes.

Os inseticidas são indicados para matar os mosquitos adultos. Encontrados principalmente em spray e aerossol, eles possuem substâncias ativas que matam os mosquitos, além de solubilizantes e conservantes.

Os repelentes, por sua vez, apenas afastam os mosquitos do ambiente. Eles são comercializados na forma de espirais, líquidos e pastilhas utilizadas, por exemplo, em aparelhos elétricos.

"Os repelentes em aparelhos elétricos ou espirais não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias. Podem ser colocados em qualquer ambiente da casa, desde que estejam, no mínimo, a dois metros de distância das pessoas”.

Os equipamentos que emitemvibrações, CO2ou luz, e também plantas e sementes que funcionariam como atrativos para os mosquitos ou equipamentos com outras tecnologias, não são considerados saneantes passíveis de regularização junto à Anvisa.

Os inseticidas chamados “naturais”, à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia. Velas, odorizantes de ambientes e incensos que indicam propriedades repelentes de insetos também não são aprovados pela Agência.

Dengue no Brasil
O número de casos de janeiro deste ano superou significativamente os de janeiro do ano passado. Até agora em 2024, foram registrados 364 mil casos e 40 mortes pela doença oficialmente. Em janeiro de 2023, foram registrados 65,3 mil casos. E segundo secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, o Brasil pode bater a marca de 4,2 milhões de casos de dengue neste ano.

Sintomas da dengue

A dengue é uma doença febril aguda sistêmica causada por um vírus da família Flaviviridae. Entenda os sintomas principais.

Febre alta > 38°C;

Dor no corpo e articulações;

Dor atrás dos olhos;

Mal estar;

Falta de apetite;

Dor de cabeça;

Manchas vermelhas no corpo.