BRASIL

Defesa de Bolsonaro diz a Moraes que ele imprimiu minuta do golpe encontrada por 'problema de visão'

'O ex-presidente não tem o costume de fazer a leitura de textos no próprio telefone celular', diz a nota

Vídeo divulgado pelo STF mostra reunião na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro orienta sua equipe a disseminar informações que coloquem em dúvida a segurança das urnas eletrônicas - Divulgação

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta sexta-feira (9), que ele "jamais participou ou mesmo conhecia tais minutas golpistas". Acrescentou ainda que ele não tem o costume de fazer a leitura de documentos no celular, por conta de problemas de vista, e que por isso o ofício foi impresso. A informação foi antecipada pelo blog de Julia Dualibi, no G1.

A minuta que previa declaração de estado de sítio e decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi encontrada na sala de Bolsonaro na sede do PL, em Brasília, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Tempus Veritatis.

"O ex-presidente não tem o costume de fazer a leitura de textos no próprio telefone celular, certamente em razão das dimensões limitadas da tela e a necessidade hodierna de uso de lentes corretivas, razão porque pediu à sua assessoria a impressão do documento em papel", diz a nota enviada pela defesa.

A nota ainda diz que, "tendo tomado conhecimento da existência só e somente por conta da apreensão do telefone do tenente-coronel Mauro Cid, e a partir do acesso que lhe foi legalmente oportunizado por seu advogado constituído na investigação, que identificou tais elementos."