Justiça francesa arquiva denúncia por estupro contra ministro de Macron
Sophie Patterson-Spatz, de 52 anos, o denunciou pela primeira vez em 2017 por atos que teriam ocorrido em Paris em 2009
O Tribunal de Cassação francês rejeitou definitivamente nesta quarta-feira (14) o caso sobre acusações de estupro em 2009 contra o ministro do Interior, Gérald Darmanin, do governo do presidente Emmanuel Macron.
O tribunal superior confirmou que arquivou a queixa apresentada por Sophie Patterson-Spatz, que a Justiça havia ordenado em primeira instância em 2022 e em recurso um ano depois.
"Esta decisão marca o ponto final de um procedimento que dura sete anos para eventos que supostamente datam de quase 15 anos", celebraram os advogados de Darmanin, Mathias Chichportich e Pierre-Olivier Sur.
Sophie Patterson-Spatz, de 52 anos, o denunciou pela primeira vez em 2017 por atos que teriam ocorrido em Paris em 2009, quando Darmanin fazia parte do serviço jurídico do partido de direita UMP.
Segundo a mulher, durante uma festa, Darmanin, que na momento tinha 26 anos, deu a entender o seu possível apoio por meio de uma carta que enviaria ao Ministério da Justiça, em troca de uma relação sexual.
Ambos admitiram que tiveram relações sexuais, mas Patterson-Spatz afirmou que foi forçada. O ministro do Interior alegou ter cedido aos "encantos" de uma mulher "atrevida".
Embora o caso o perseguisse desde 2017, o presidente de centro-direita promoveu o seu então ministro das Contas Públicas para a pasta do Interior em 2020, cargo que renovou em 2022 após a sua reeleição.
Vários ministros de Macron estiveram envolvidos em acusações de estupro, apesar do combate à violência contra as mulheres ser uma das suas promessas eleitorais.