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Nova regra para índice MSCI pode destravar US$ 4,7 bi para ações de empresas brasileiras; entenda

Companhias listadas nos EUA poderão participar de indicador que é referência para fundos globais a partir de agosto. Nubank, Stone, XP e PagSeguro "têm grandes chances de inclusão", diz Morgan Stanley

Bolsa de valores - Freepik

As empresas brasileiras listadas em Bolsas no exterior poderão receber um fluxo de bilhões de dólares em novos investimentos devido a uma decisão do MSCI, um provedor de índices de ações globais que é a principal referência de investidores estrangeiros quando decidem aplicar em outro país.

Criados pelo banco Morgan Stanley, os índices MSCI são calculados desde 1969 e apontam o desempenho do mercado de ações em determinado país, região ou setor. A partir de agosto, o índice MSCI Brasil poderá incluir ações de empresas brasileiras listadas no exterior, informou a empresa na última segunda-feira.

E, segundo estimativas dos estrategistas do Morgan Stanley, isso pode liberar US$ 4,7 bilhões de recursos para empresas como Nubank, Stone, XP e PagSeguro.

Isso porque muitos fundos de investimento têm regras estritas para aplicação. Então, por exemplo, fundos dedicados a ações brasileiras que usam como referência o MSCI Brasil só pode comprar papéis que estão no índice.

O novo cálculo do MSCI será um “divisor de águas” para o mercado acionário brasileiro e as empresas do Brasil listadas nos EUA provavelmente vão desfrutar tanto do acesso ao mercado americano como do fluxo destinado a ações brasileiras, disse o Morgan Stanley em nota, acrescentando que Nubank, Stone, XP e PagSeguro “têm grandes chances de inclusão" no índice.

As quatro empresas abriram capital nos Estados Unidos nos últimos seis anos.

Várias companhias brasileiras escolheram nos últimos anos a rota americana para listar suas ações em Bolsa, em meio a expectativas de que seriam capazes de atrair investidores com mais recursos e, assim, serem mais bem avaliadas no mercado.