Caso Guerrero: relembre outros jogadores que deixaram clubes após ameaças de torcedores
Atacante peruano rompeu seu contrato com César Vallejo após sua mãe sofrer ameças
O atacante Paolo Guerrero decidiu recentemente que vai romper o seu contrato com o César Vallejo, do Peru, depois que sua mãe começou a receber ameaças devido ao acerto com a equipe. Embora não seja um caso comum, esta não foi a primeira vez que um jogador deixou um clube após ameaças de torcedores.
Luan - Corinthians
No Brasil, um dos caso mais recente foi o do atacante Luan, que foi agredido no dia quatro de julho em um motel na Zona Oeste de São Paulo por torcedores do Corinthians por conta de seu desempenho em campo. Aproximadamente 20 dias depois do acontecimento, o jogador chegou a um acordo com o Timão para rescisão de contrato, encerrou sua passagem pela equipe paulista e acertou sua volta para o Grêmio.
Willian - Corinthians e Arsenal
Quem também sofreu com ameças foi o atacante Willian, que hoje está no Fulham, da Inglaterra, mas em dois times diferentes. O jogador de 35 anos decidiu deixar o Arsenal, em 2021, após apenas uma temporada no clube londrino por conta da hostilidade nas redes sociais.
— Recebi muitas mensagens deles nas redes sociais, mas também porque vim do Chelsea, acho que se viesse de outro clube talvez os torcedores fossem melhores. Mas porque eu vim do Chelsea e não tive um bom desempenho e por causa deles, eu pensei nisso e tinha que ir — disse o jogador à época para o zagueiro Rio Ferdinand.
O atacante deixou o Arsenal e se transferiu para o Corinthians, time que o revelou. Contudo, Willian também deixou o Timão, em agosto de 2022, por conta de ameaças sofridas e o clima hostil criado pela torcida do Timão nas redes sociais contra ele e seus familiares.
— Os motivos da minha saída são as ameaças que sofri, principalmente minha família. As ameaças nunca pararam. Sempre que o Corinthians perdia e se às vezes eu não estava bem no jogo, minha família recebia ameaça, xingamentos nas redes sociais. Minha esposa, minhas filhas, depois de um tempo começaram também atacar meu pai, minha irmã — afirmou.
Wallace - Flamengo
Em 2016, o zagueiro Wallace avisou à direção do Flamengo que não jogaria mais com a camisa rubro-negra e foi contratado pelo Grêmio. Na época, o defensor declarou que o seu relacionamento com a torcida do time carioca ficou insustentável e revelou que precisou deixar o Rio de Janeiro por sua família ser ameaçada de morte.
— Chegou o momento que minha família não tinha mais paz para morar no Rio. Questão de ameaças. Eu também não tinha mais uma vida social para poder levar meus filhos na escola e voltar. Então, já estava me atrapalhando — disse Wallace em entrevista ao UOL.
Marquinhos Silva - Corinthians
O zagueiro Marquinhos Silva resolveu deixar o Corinthians, em 2007, porque temia pela segurança de seus familiares. Ele revelou que foi ameaçado de morte por torcedores do Timão depois do jogo contra o São Paulo, em fevereiro daquele ano, no Morumbi. O jogador disse que até seus familiares foram ameaçados.
— Disseram que iam me matar se eu não saísse do Corinthians. Falaram que, se não conseguissem me pegar, iam pegar minha mãe e até minha filha, que tem só sete meses. Eu sei me defender, mas elas não sabem — disse o defensor.
O zagueiro assumiu a culpa pela derrota no clássico, mas pediu para deixar o Corinthians depois das ameaças e foi atendido. Marquinhos se transferiu para o Náutico, mas ficou pouto tempo no time pernambucano e logo foi para a Turquia.
Walter - Pelotas
Também em 2023, a trajetória do atacante Walter no Pelotas, do Rio Grande do Sul, chegou ao fim por conta de ameaças. Pouco mais de dois meses desde sua chegada, o jogador solicitou a rescisão de contrato com o clube gaúcho após ser alvo de ameaças de alguns torcedores por conta de um pênalti perdido na Série A2 do Gaúchão.
A cobrança aconteceu em agosto do ano passado, ao término do jogo contra o Real Sport, pela Copa Federação Gaúcha. O atacante foi hostilizado por um grupo de torcedores enquanto fazia o aquecimento e as agressões continuaram após o término do duelo. No caminho para casa, o centroavante foi novamente abordado por torcedores e disse que precisou ser escoltado pela Brigada Militar para não sofrer agressões.