rio de janeiro

Deolane Bezerra usa colar de chefe do tráfico em baile na Maré, e polícia quer saber quem a convidou

Ela participou do baile da Disney, que apresentava show de Oruam, artista patrocinado por site de apostas, segundo a polícia

Deolane Bezerra posta foto com colar de chefe do tráfico na Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio - Reprodução

A influenciadora, advogada e cantora Deolane Bezerra é investigada pela Polícia Civil do Rio após divulgação de foto na qual usa um colar do chefe do tráfico da Maré, Thiago da Silva Folly, o TH da Maré. A imagem foi feita durante o baile da Disney, na Vila do João, comunidade do complexo, na Zona Norte, na noite da última terça-feira (13).

A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) investiga a relação de Deolane com traficantes da comunidade.

"Queremos entender quem a convidou, se recebeu para fazer presença VIP, explicar essa relação dela e da irmã com o TH. Ambas aparecem em várias imagens com o cordão do criminoso" afirma o delegado Rodrigo Coelho, titular da DRE.

Com ela estavam dois amigos e sua irmã, Dayanne Bezerra. A polícia acredita que a presença da influenciadora no baile pode ter relação com patrocínio de sites de aposta, já que o artista que se apresentava na noite, Oruam, é patrocinado por uma dessas marcas, assim como Deolane.

Chefe do tráfico
Thiago da Silva Folly, o TH da Maré, chefe da segunda maior facção criminosa do Estado do Rio, estava entre os alvos da ação conjunta entre as polícias Civil e Militar na comunidade. A segunda fase da Operação Maré aconteceu na Vila do João — local onde traficantes foram flagrados em centro de treinamento — e na Vila Pinheiro, ambas no Complexo da Maré, na Zona Norte da capital, e na Cidade de Deus, na Zona Oeste.

Ao todo, TH tem 14 mandados de prisão em aberto, expedidos entre os anos de 2015 e 2022, por homicídio, roubo e tráfico de drogas. Ele também estaria envolvido no treinamento de criminosos da facção, feitos num clube na Vila do João. O nome do traficante estaria entre os que constam em mais de mil pedidos de prisão feitos pela Polícia Civil no inquérito relatado em setembro deste ano.