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Cisjordânia tem números recordes de colônias ilegais em 2023

Quase 490 mil israelenses vivem na Cisjordânia, em colônias consideradas ilegais pelo direito internacional

Cidade de Belém, na Cisjordânia, cancelou festejos de Natal por guerra em Gaza - Hazem Bader/AFP

Colonos na Cisjordânia estabeleceram um número recorde de assentamentos ilegais em 2023, destacou nesta quinta-feira a ONG Peace Now (Paz Agora), relacionando esta tendência à chegada de figuras da extrema direita ao governo israelense.

Segundo a ONG, 26 colônias não reconhecidas por Israel foram estabelecidas, doze após o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro.

Apenas cinco foram criadas em 2022, ano em que uma coalizão mista (centro, direita, esquerda e árabes) estava à frente do governo israelense.

Quase 490 mil israelenses vivem na Cisjordânia, em colônias consideradas ilegais pelo direito internacional.

Chamadas de "postos avançados", são estabelecidas por grupos de famílias sem a aprovação das autoridades israelenses. Mas após a sua criação, são frequentemente legalizados pelo Estado.

Em 2023, quase 15 colônias não reconhecidas por Israel iniciaram seu processo de legalização, observa a 'Peace Now' em seu relatório anual sobre estes postos na Cisjordânia, onde vivem cerca de 2,9 milhões de palestinos.