EX-PRESIDENTE

Infraero diz que Bolsonaro não embarcou para Brasília, após pedir atendimento especial

Ex-presidente havia feito o pedido à PF

Bolsonaro - Valter Campanato / Agência Brasil

Após solicitar à Polícia Federal o atendimento especial no embarque que faria do Rio de Janeiro para Brasília nessa quarta-feira (14), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pegou o voo. A informação é da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), em resposta a questionamento do Estadão. Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente Jair Bolsonaro não se manifestou sobre os motivos da desistência de embarcar.

"A administração do Aeroporto Santos Dumont recebeu informação da Polícia Federal na segunda-feira de que haveria um embarque do ex-presidente Bolsonaro nesta quarta-feira, 14/2. No entanto, o embarque não ocorreu, confirme informado também pela Polícia federal", informou a Infraero

De acordo com a Infraero, "embarques e desembarques em situações diferenciados são solicitadas por autoridades, sempre observando o regulamento vigente nos termos do programa nacional de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita".

Também nessa quarta-feira, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o pedido do ex-presidente para atendimento especial informava que ele estaria acompanhado de Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor e um dos alvos da operação da PF que investigar tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Também integrava a comitiva Andriely Cirino, capitão do Exército e o segurança Jossandro da Silva.

Ao jornal, porém, o advogado e assessor de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que Tércio Tomaz já está em Brasília desde a semana passada. Ele deixou a residência onde Bolsonaro passou as férias, em Mambucaba, na região de Angra dos Reis (RJ), logo após a operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal. Por determinação judicial, ele não pode se comunicar com o ex-presidente.

Na quinta-feira, 8, o celular de Tércio Arnaud Tomaz foi apreendido pela PF. O ex-assessor também é considerado um dos pilares do "gabinete do ódio", grupo responsável por produzir conteúdo falso e promover ataques a adversário políticos. Durante gestão de Bolsonaro, ele administrava as redes sociais do ex-presidente e, em julho de 2020, foi alvo de uma ação do Facebook que removeu páginas ligadas a uma rede de perfis falsos e de disseminação de fake news.