INDONÉSIA

Prabowo Subianto se encaminha para vitória substancial em presidenciais indonésias

Resultados oficiais estão previstos para março

Ministro da Defesa, Prabowo Subianto - Yasuyoshi Chiba/AFP

O ministro da Defesa indonésio, Prabowo Subianto, está caminhando para assumir o comando do país após as eleições presidenciais, embora seus rivais ainda não tenham reconhecido a derrota.

O ex-general, com um passado militar controverso e candidato pela terceira vez neste país de 278 milhões de habitantes, tem uma grande vantagem sobre seus dois adversários desde o primeiro turno na quarta-feira, segundo as projeções, o que deve permitir que ele obtenha a maioria absoluta e seja declarado vencedor sem passar por um segundo turno.

De acordo com a contagem oficial parcial da comissão eleitoral, Prabowo obteve 57% dos votos, de 43,5% dos votos apurados, mais que o dobro de seu rival mais próximo, Anies Baswedan.

Os resultados oficiais não são esperados até março.

"Esta vitória deveria ser uma vitória para todos os indonésios", disse Prabowo na quarta-feira à noite, prometendo formar um governo "composto pelos melhores filhos e filhas da Indonésia".

O presidente em exercício, Joko Widodo, encontrou-se com ele e o parabenizou.

O primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, ligou para Prabowo para cumprimentá-lo por uma "forte atuação" e discutir as relações bilaterais, de acordo com um comunicado de Singapura.

Embora tenha sido acusado de violar os direitos humanos durante a ditadura de Suharto (1967-1998), Prabowo deve assumir as rédeas da terceira maior democracia do mundo, após dez anos no poder de Joko Widodo, que não pôde concorrer novamente após dois mandatos.

O ministro da Defesa supera em grande medida, em ordem, Anies Baswedan, ex-governador de Jacarta, e Ganjar Pranowo, ex-governador de Java Central.

"Estamos aguardando a conclusão da contagem da Comissão Eleitoral", respondeu Anies Baswedan, mas acrescentou que "é preciso respeitar a decisão do povo".

Por sua vez, o grupo de Ganjar Pranowo denunciou fraudes "estruturadas, sistemáticas e maciças" nas eleições, segundo um porta-voz, sem apresentar provas.