Petro pede "eleições livres" na Venezuela, mas mantém silêncio sobre o opositor
Diante da falta de um pronunciamento, os críticos de Petro indicaram que ele estava sendo cúmplice diante da tentativa de Maduro de se perpetuar no poder
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu no sábado (17) a realização de "eleições livres" na Venezuela, mas manteve seu silêncio sobre a decisão judicial que confirmou a inabilitação da opositora María Corina Machado.
"À Colômbia interessa que a sociedade venezuelana viva em paz, em democracia profunda e volte a ter bem-estar econômico e social", escreveu o mandatário em uma longa mensagem na rede social X, na qual não menciona a líder da oposição para as eleições previsões presidenciais para este ano.
Petro, aliado do presidente venezuelano Nicolás Maduro, insistiu que os Estados Unidos imponham medidas econômicas contra a Venezuela.
“Deve-se levantar o bloqueio e deve haver eleições livres”, acrescentou o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia.
Seu governo não se manifestou a favor ou contra o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, que confirmou em 26 de janeiro a inabilitação política por 15 anos de Machado. Essa decisão impede de enfrentar o chavismo nas urnas.
Diante da falta de um pronunciamento, os críticos de Petro indicaram que ele estava sendo cúmplice diante da tentativa de Maduro de se perpetuar no poder.
Petro foi oferecido para mediar entre Maduro e a oposição. Em abril de 2023, a especificação uma cúpula em Bogotá com representantes dos países da região e da União Europeia, que não chegou a nenhum acordo.
Os Estados Unidos anunciaram ao presidente da Venezuela, cuja reeleição em 2018 considerou fraudulenta, que vão restabelecer as avaliações ao setor de petróleo e gás em abril se não houver uma mudança de boato.